Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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Lembram-se quando no Verão dizíamos que a crise tinha batido no fundo? Pois é… o fundo tinha um buraco. Por isso o fundo torna-se mais fundo do que o fundo. Com ele afundamos todos nós, afunda o poder de compra, mas não desaparece a compra do poder. De compra do poder são exemplos os recentes casos dos bancos. Quem manda faz o que quer. E mesmo quando é descoberto a meter a pata na poça é retirado do activo com uma indemnização que dava para uma família portuguesa viver bem até há décima quinta geração. A incompetência é bem paga. O crime compensa. Os pequenos encolhem e os grandes continuam a engordar e a engrandecer. A classe média passa a ser uma designação sem sentido em Portugal, não só porque está sem classe, mas porque há muito que se encontra muito abaixo da média. Afinal não se trata de tentar recuperarmos o nosso saudoso poder de compra, importa mais parar, de uma vez por todas, a crescente compra do poder!
A falta de tacto pode ter duas razões: a hereditária, a pessoa em causa nasceu sem a possibilidade de desenvolver esse sentido prático da vida… ou a da vivência, o espécime nunca necessitou de o desenvolver porque o substituiu por arrogância, sobranceria, vaidade, teimosia e outras qualidades deliciosas que prosperam nos nossos actuais governantes, totalmente desprovidos de sentido da realidade e desconhecedores do mais elementar sentido de justiça. Estão na politica por objectivos pessoais, movidos por interesses que desconhecemos, mas sem cultura política. Não praticam o Socialismo, embora se encontrem no Partido Socialista, apenas porque subiram à custa do atropelamento dos seus pares e cresceram no partido sem sequer procurarem entender a sua filosofia. Chegar ao topo era o objectivo Socrático, com ou sem diploma de Engenharia, e depois era uma questão de se rodear daqueles que nunca leram ou entenderam o significado de se ser solidário e Socialista... A Ministra da Educação pode até conseguir levar a sua reforma para a frente, Salazar também fez o que quis durante 48 anos, mas no final vai perder, mesmo comprando o Presidente da Associação de Pais com sumptuosos subsídios ou os Presidentes dos Conselhos Directivos com o Cargo chorudo do futuro Director. Os erros pagam-se caro. Tenho pena é dos alunos e do futuro da Educação em Portugal.
Uma Entidade Reguladora de um qualquer sector de actividade deveria ter por obrigação verificar se existe concertação de preços entre os intervenientes na respectiva área, bem como deveria assegurar que não fosse possível manter uma política de preços altos concertada entre as partes, mesmo não sendo estes totalmente semelhantes embora sejam parecidos. Não é o que se passa em Portugal no sector dos combustíveis. Da Galp à Repsol, passando pelas outras todas, a descida dos preços do barril em Londres não tem a devida correspondência em Portugal. Estamos em média 29 cêntimos mais caros que Espanha em todos os combustíveis. Os preços descem, mas não proporcionalmente, o que é mais que notório. Os transportes públicos de massas subiram com a subida dos preços, mas não desceram com a descida, nem o transporte de mercadorias, nem sequer os táxis, nem tudo o que subiu por culpa da subida do crude acompanhou, agora, a descida. Tenho que concluir que a corda continua a ser esticada e embora esteja praticamente a partir só é, realmente, cego quem não quer ver…
… mas de irónica tem muito pouco. Ser líder da oposição implica não apenas ter posse de Estado ou mesmo estar na política há anos.
É preciso ter charme, ter carisma, ter humor e ser sagaz. Não seria pelos deslizes no discurso que o futuro de Manuela estaria ameaçado, nada disso. A ameaça vem de outro lado: A falta das qualidades atrás referidas anexadas ao facto de a Dr.ª. não ter o mínimo sentido de oportunidade.
Por circunstâncias diversas a Dr.ª. Leite chegou ao primeiro lugar na hierarquia do PSD, mas não é a sua primeira figura. Vive na sombra dos ditos do Marcelo e do perfil mumificado do Presidente Cavaco que se passeia tranquilamente nos corredores do poder.
Ferreira Leite não tinha como saber (porque a vaidade cega) mas efectivamente recebeu um presente envenenado à partida e não um reconhecimento quando herdou a presidência do Partido Social Democrata.
Os novos regulamentos de gestão das escolas, que deverão entrar em vigor nos tempos mais próximos, prevêem a extinção dos Conselhos Executivos e a nomeação, pelo Conselho Geral, de um Director. Este, por sua vez deverá escolher o seu vice e entre 2 a 4 adjuntos consoante as necessidades do agrupamento. Por outro lado o também ele novo Conselho Geral é formado por representantes da Comunidade e de Autarquia, dos Pais dos Alunos, dos Alunos, dos Funcionários do Agrupamento e, finalmente, dos Professores. Na linha da frente, para ocupar o cargo de Director estão os actuais presidentes do Conselho Executivo que, conseguida essa pretensão, se vêm aumentados entre 600 a 750 euros no seu vencimento mensal. Ou seja, um Professor que ganhava, por exemplo, no 9º (e penúltimo) escalão cerca de 2.600 euros vê passar a sua retribuição mensal para um número entre os 3200 e os 3.350 euros antes de impostos isto se conseguir ser escolhido para Director. Não me admira portanto que muitos Directivos não queiram fazer ondas com o Ministério… Sócrates usa o método que serviu para que Judas entregasse Cristo: “O Dinheiro”, dito isto… não há mais nada a comentar…
Crise, crise, crise e mais crise. Sinceramente já não quero saber se a culpa é do mundo, dos Americanos, da Europa, da China ou do Japão. O mundo está a entrar em crise agora, Portugal está em crise desde há pelo menos oito anos. Os portugueses já não têm por onde apertar. O Zé ainda pode, ganha um pouquinho mais que a maioria dos cidadãos que governa o que lhe permite poder apertar o cinto por nós. Mas não nos peçam mais. Chega! E porque está o Estado a injectar dinheiro na banca. Por acaso a banca dividiu os lucros fabulosos que fez, em oito anos de crise do povinho, com o Estado? Não?
Então que caiam os que não se segurarem e que seja de vez e de maduro se assim tiver que ser. Porque é que os impostos do povo têm de, uma vez mais, alimentar este pessoal? Porque têm as nossas economias? Não me parece que a preocupação sejam as economias do pessoal. A CGD pode por si só tratar disso em vez de pagar balúrdios pela falência dos bancos privados que investiram onde não deviam na busca do lucro fácil ou no malicioso desvio de capitais. Já estou como no 25 de Abril de 1974…:
Os ricos que paguem a crise (e não precisam ser todos os ricos, basta que sejam apenas os desonestos). Alguém vai ter que dizer chega um destes dias…