Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
Com o poema “Vagabundo das Sombras” termina o livro “Espelho de Água”. Amanhã é, portanto, ano novo, vida nova. Iniciarei mais um livro de poemas, desta vez o “Gota de Lágrima”, mais uma viagem pelos sentimentos de um vagabundo que vive cada dia com o pensamento de que pode ser o último ou seja plenamente.
Este vídeo, esta música, que aqui fica, destina-se a recordar o que de pior ainda se encontra no mundo. Se usassem para erradicar a miséria e a fome no globo, principalmente no mundo das crianças, o mesmo que foi usado nos últimos meses para salvar um suposto capitalismo estou em querer que a situação seria bem menos grave.
Ser solidário é coisa para todos os dias. Não se serve na consoada do Natal ou no champanhe da passagem de ano, nem na Páscoa ou noutra qualquer efeméride. Serve-se de coração e todos os dias, com amor.
Vagabundo das sombras, Haragano, O Etéreo, Perdido em sonhos que não meus...
Procuro, procuro no crepúsculo, Encontrar a arma branca Que me assassine a saudade De dias de sorriso E noites de prazer...
Vagabundo Dos Limbos, Haragano, O Etéreo, Na net perdido entre circuitos Onde os sentimentos São palavras sem cheiro E a caricia Não tem o sentir da derme, Suave, humana, apetecida...
Vagabundo de mim Que não encontro A cristalina razão De meu existir...
Haragano da net, Etéreo na viagem, Crisálida serei Num casulo chamado internet...
Na aldeia global Entrei um dia Procurando por ninguém...
Nas redes saltei, Com nostalgia, Parando por um simples também...
Ah! Foi instinto Que me fez falar Contigo entre milhões...
Não sei se foi destino Ou se persinto Quando há alguém Mais pra além...
Sei que te conheci... Sei que gostei... Mas o que eu vi... Nem mesmo sei...!
O tempo não parou E foi passando... Mas o elo ficou Um dia e outro... E quando me interrogo, Perguntando O porquê de manter Tal ligação...? Não encontro resposta... Apenas sinto no pulso Latejar a pulsação...
Pode o mundo rodar Mais cem mil vezes... Na INTERNET entrarei, Talvez não tantas, Mas, enquanto girar Meu pensamento, Jamais esquecerei Aquele momento Em que encontrei alguém, Sem saber quem, Por entre multidões, Entre milhões...
Posso no mundo ser Um grão de pó... Na aldeia global Serei ninguém, Mas sei que entre milhões Existe alguém... Não mais poderei eu Me sentir só !...
Não sei se aqui encontro O abrigo quente, O refugio terno, De palavras de alegria, A doce sensação do existir Entre quem sente, De quem vagueia E não se encontrando Recebe, por fim, Um sorriso protector...
O que me pode dar a net Que eu não saiba já? Não sei...
Mas quem dera poder sentir, Por fim, O sangue correr em minhas veias Com a força de um rio Que se esvai Em direcção à queda de água...
Como era bom saber Que sinto igual aos outros...
Saber que existe amor Pra mim também... Afinal é disso Que todos nós vivemos...
E há mesmo ainda Quem morra por amor...
Não quero morrer Sem sentir meu sangue desaguar, Por fim, Na queda de água De algo a que eu chame: Os nossos sentimentos...
Sou um homem de sorte! Perguntam-me porquê? Coisa mais simples: Tenho a sorte de ser feliz, Alegre, Um optimista, enfim...
Mas e a Vida corre bem? Ah... A Vida... Essa ingrata criatura, Sem forma ou rosto, Nem sempre corre Quanto mais bem...
Se é pra subir, Subir na Vida, Quase gatinha A pobre atrapalhada. Mas a descer é mestre, Dá cartas, Tem os recordes todos E as medalhas... Parece andar a jacto, É campeã!
Nos momentos sem altos E sem baixos Marca passo, Conta um por um, Como se cada passo fosse ouro Que há que guardar para sempre, Qual tesouro!...
É prima dos Azares a minha Vida, Com eles convive sem pudor, Dão-se tão bem, No dia a dia, Que chego a pensar se nao seria Melhor que casassem por amor!...
Se casa, carro, mulher, Perco de uma vez apenas, Diz-me a Vida que é banal... Um azar nunca vem só!... E se um outro azar houver É normal, é natural: Seja a falência da firma, Seja o que Deus quiser... Um azar nunca vem só!
Mas sou um homem de sorte! Estou vivo, choro e coro Com todas as minhas forças... E nem a madrasta Morte Me bate à porta, faz tempo... Para rir Basta um sorriso De quem me quer Como sou...
Ah! Sim... Eu sou um homem de sorte... Tudo o resto são más línguas; Coisas que o vento levou...
E se a tal, a minha Vida, Comigo quiser viver, A sorrir tem que aprender, Que eu tenho mais que fazer Que aturar os primos dela, Esses Azares sem gosto, Viciados no desgosto...
Sorriam, estou bem disposto, Pois sou um homem de sorte, Para quem sempre é Natal Ou Páscoa ou Carnaval... Sou um ser dos alegres Que sorri até para o não!...
Os Azares de um homem de sorte Valem pouco, nada são!...
No fumo de um cigarro A forma breve Do sorrir juvenil Da minha filha, Traduz de uma só vez Minha saudade... E um grito louco Me sai da garganta Sedenta de palavras de carinho!
Na falta do meu filho Aumenta a dor... Sempre que o frio me aperta Aperta a alma... Sinto o frio da saudade E já carente Penso não mais poder continuar...
Será destino meu A solidão?... Será castigo? Já não posso mais!
Quero ganhar à vida Para sempre... Poder viver feliz Assim que queira Ou acabar num esgoto De ribeira!...