Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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ENTALA GAY . . Entala gay, Depois não digas que eu não te avisei, Aha, aguentai Que ser feliz é gay, sem ai. . Entala gay, Que o memorando já passou a lei… Aha, entala gay, Tu deste Passos, Portas, pela grei! . Não se arruíne, Quem não concordar que se indiscipline, Eles mentiram a quem deles gostou, Atrás de Portas… Coelho passou… . Entala gay, Entala tu que eu não entalarei . Aha, agora sei, Esquece a troika, ai, tenta ser rei. . Entala gay, Tu deste Passos, Portas, pela grei! Aha, entala gay, Ou canta isto como eu cantei! . Não se arruíne, Quem não concordar que se indiscipline, Eles mentiram a quem deles gostou, Atrás de Portas… Coelho passou… . Entala gay, Entala tu que eu não entalarei . Aha, agora vive, Esquece a troika mas tenta ser rei. . . Haragano, o Etéreo in Baladas de Embalar
"UM POEMA" . . Um poema Nada tem de silencioso, Mágico ou natural, É sim um grito mudo Do amago de quem escreve Para a essência de quem lê... . Se for ouvido é música divina, É arte, É voz... . Mas se na valeta Do esquecimento Ele cair Então O poeta morreu uma vez mais, Mas não sem antes sofrer muito Para além do suportável Pelo comum dos mortais... . Quantos de nós, Muito além desse sentido, A que chamamos de audição, Escutamos realmente o grito mudo? . Quantos de nós ouvimos No marasmo do nosso cotidiano Um só poema? . "-Depende..." Dirão os mais sensíveis... "-Eu acho que sim!" Afirmarão os convencidos Pelas lições que a vida Lhes foi dando... "-Eu escuto..." Dirás tu Com medo da tua própria voz... . Um poema Nada tem de silencioso, Mágico ou natural, É sim um grito mudo Do amago de quem escreve Para a essência de quem lê... . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo
"UM COPO" . . Um copo de cerveja e um cigarro... E a música apalpando toda a gente... Um copo de cerveja e um cigarro... E gente sentindo o corpo quente... . Um corpo que deseja e mais um charro... E o álcool subindo calmamente... Um corpo que deseja e mais um charro... E outro corpo aquecendo lentamente... . Um litro se despeja zarpa o carro... E o leito se aproxima ardentemente... Um litro se despeja, zarpa o carro... E zarpa o sangue no corpo da gente... . Um fogo que se inveja, coze o barro E unindo dois corpos fortemente: É movimento, ritmo, ternura, É febre, suspiros e loucura; É infinito num tempo finito, No segundo louco da expansão... . Um grito se solta e é bizarro... É suor, saliva e sucos de emoção... Um grito se solta, coze o barro No exacto momento da fusão!... . É já... ainda não... e mais... agora!... É vem... amor... é dia dos sentidos, É noite, ardor, é dentro e fora, É grito que se quebra em mil gemidos!... . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo
"TOCA-ME..." . . Quando aquela mão Se estende decidida e sensual, Num caminho seguro, Até tocar suave Um membro adormecido, Despertamos nós... . Desperta o príncipe Com coaxares de sapo, Porque a magia Se fez vida E gozo último... . Quantos de nós, homens, Antropófagos do sentir, Não atingimos o céu Antes do tempo E tudo por um toque apenas? Ahhhhhh... Isto é vida! . Nada se compara Ao arrepio da derme Perante um deslizar De dedos ao acaso. . Nada é mais intenso Do que sentirmos a mão, A nossa mão, Navegar serena, Pela derme de outro alguém, Procurando o calor ameno De um Trópico de Câncer Ou Capricórnio... Pra mergulhar ardente Num vulcão de amor E nos fazer arder Sem febre alguma Que não aquela A que chamamos de paixão... . Partir do que é geral Para o mais específico, Intimo, privado e particular... Sentir a preocupação das formas, Das cores, do brilho, Do estado hipnótico de um toque, Em impressões tácteis De impensáveis sensações De loucura frenética e absoluta... . Depois... Procurar uma ordenação táctil Dos elementos do percurso E projectá-los em cenas De luxuria conseguida e integral... Por fim... Gritar em êxtase: Toca-me de novo meu amor!!! . A Mulher, Mais do que ser humano, É arte viva, Sente Como nenhum outro espécime À face do planeta... E faz sentir... Chegamos ao infinito Num só toque... E de lá voltamos para podermos, Também nós, Tocar e atingir assim O despertar de uma aurora Que nasce pura de êxtase E plena de prazer!... . A Mulher Faz uivar bem lá no fundo Aquele ser esquecido, De ser gente, De ler vida, De ter voz... E provoca do intimo A alma ansiosa de sentir, Perdida de sentido, De momento, Já faz muito e muito tempo, Para gritar, por fim, Em pleno êxtase: Toca-me de novo meu amor!!! . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo
"SEXTO SENTIDO" . . Se eu fosse um mouro, Em seu castelo erguido Na Serra que da Lua Tem o nome e o sentir, Gritando, lá do alto, Sortilégios esotéricos Ao povo Luso que a Serra invade, Com sede de terra e de poder, Para esse espaço a sangue, Ferro e fogo conquistar... . Se eu fosse um nigromante, Feiticeiro da Serra da Lua, Qual mago que um tambor Rufando enche de glória, Senhor de Áfricas Sem fim ou sem princípio, Soberano dos vivos E dos mortos evocados, Dono da negra magia do Passado, Podendo, com meus dons, Fazer parar as leis da guerra, Que os continentes De todo enfeitiçaram... . Se eu fosse o vento Que mais forte sopra, No altivo castelo da mourama, Na noite tempestiva de invernos Perdidos entre lareiras Que as memórias não consomem, Por mais alto Que arda a chama, Por mais calor Que a lenha produza... Imperador de tufões, De vendavais, Rei do sopro Que não se esgota nunca, Por muito que me venha zumbir Dentro da alma, Sussurrando-me aos ouvidos Desesperos de infinito, Que parecem competir Com a velha eternidade... . Se eu fosse a dança, Que dança e não balança, Em sete véus magicos de moura, Em movimentos de ondulante ritmo, Marcado em cada passo, Em que a forma acompanha o som, Como se a perfeição Estética da vida Pudesse traduzir a festa Da evidente humanidade Ou a música da alegria da vitória, Um grito mudo de gozo e de prazer, Que ao Homem faz viver E reviver no espaço e tempo, Qual passo de baile A celebrar eventos mil Mais do que outros já havidos... . Se eu fosse a bela Primavera, Terna de ambientes, Florida nos caminhos, Altiva no serrado, Nesse Castelo dos Mouros Amada a cada volta, A cada curva, Destemida e sem receio De um dia perder a liberdade... Enfim, uma estação solidária, Realizada de viva esperança, Cega de perfumes e odores Em cada berro de vida Que me cerca e me transborda.... . Se eu fosse, por fim, A Fortaleza Árabe, Em Sintra altiva e imponente, Ou simples mato, Uma terra de medos, Mistérios e surpresas, Fonte de vida, Abrigo de animais, Floresta tropical, Savana, bosque, Ou ainda até, E porque não, Selva africana Ou charneca em flor... . Se eu fosse tudo isto E muito mais, Diria, Como direi agora, A mesma coisa simples E pequena: "- Guarda só pra ti Os meus segredos, Meu amor, E vive para que eu possa viver, Pleno de ti, Que sem ti nada é poder!... . Espera-me nesta vida E na outra se a houver, Com os teus braços abertos Por carinhos, Enfeitada de sedas e perfumes, Cetins, veludos E linhos de encantar Ou nua apenas, Qual odalisca que sem esforço Conquista o temível sultão... Mas mais que tudo Ama o vagabundo dos limbos, Ama Haragano, O Etéreo, Este eu, cujo discurso Se perde nas palavras, Mas que este coração a ti doou, Porque tu és O meu sexto sentido!" . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo
"QUEM..." . . Quem Tem na esperança O sussurrar cálido das marés? . Quem Encontra no próprio reflexo a alegria De vivo se sentir com confiança? . Quem Procura sempre o impossível Sem temer ou mesmo desistir...? . Quem Sente o nascer do Sol No crepúsculo insustentável da madrugada? . Quem Reconhece ser seu o Vagabundo Perdido nos Limbos pela busca? . Quem Vê o Haragano na bruma E lhe reconhece os traços do Éter? . Um só alguém!... E esse quem Não tem o que temer, Por que tremer, Pois brilha mais alto, Mais forte e mais além...! . E luta, como luta mais ninguém, Mesmo na mais temível escuridão, Acabando por encontrar, por conquistar, E por sorrir, enfim, ao ver no espelho A imagem reflectora de um futuro Que em cada segundo se torna presente...! Que em cada impresente renasce em saudade!... . Assim... Todos saberão conhecer o tal de quem, Que no sussurrar ameno das marés, Completará um próximo devir, Com a forma simples de um sorrir... . Mas será realmente que esse quem, Com a imatemática clareza dos sentidos, Sente, o amor, sem incerteza? Mesmo sem temer ou desistir? Talvez... . Quantos ou quantas acharão sinais E por engano se julgarão escolhidos? Só quem acreditar que jamais A ilógica absurda, de um tão grande amor, Poderia servir de engodo vil Ganhará a glória terminal! . E esse alguém terá... No sussurrar cálido das marés, Na alegria de vivo se sentir, Na procura impossível sem temer, No crepúsculo insustentável da madrugada, No brilho mais alto, mais forte, mais além, Na busca perdida pelos Limbos, E na mais temível escuridão, A taça da vitória conquistada, A certeza de saber que o quem É ele ou ela e mais ninguém! . Para mim, Apenas importa esse meu quem! E espero meu amor, querida, meu bem, Que a taça seja eu e ela tua, Tal como o infinito é mais além, Tal como da Terra satélite é a Lua... . E só assim, Por fim, Na forma de um sorriso, feito belo, O meu quem se reflectirá da cara nua, Por provir simples, franco, singelo, Desse amado rosto, dessa face tua! . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo
"POSSA SER EU!" . . Meu amor... No espaço diminuto do meu cérebro Não consigo enclausurar o amor que sinto... É vasto demais, é denso, é forte, E nem zipado cabe entre neurónios... . Poderia eu arquivá-lo nessa rede, Aquela a que chamamos de Internet, Em servidores sem fim... Gigabytes e gigabytes de sentir... Mas é pequena a Net, é curta, é vã... . Ah, mas então... Só dessa forma se tornaria a rede Um sentimento só, somente e apenas... Mas tanto ficaria por expressar, Pois está por inventar o chip ou a memória Que possa processar o verbo amar Com a dimensão e a dignidade Que este deve possuir... . Porém... Um processo existe, um meio, uma forma, De saberes, ó meu amor, o quanto te amo... Há um condensador do meu sentir Que podes ler sem erro, bug Ou virus que o afecte...: . O brilho dos meus olhos quando a retina Capta a tua imagem e a retém Lá prós lados desse órgão interno A que teimamos dar por nome: Coração!... . O fenómeno pode não ser sensível À ânsia da descoberta do sentir Através de quaisquer materiais... Ah... Mas se amares... Vais poder ler o brilho oculto Aos olhos de um outro qualquer alguém E, meu amor, que esse alguém Possa ser eu! . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo
"Haragano, O Etéreo" . (A HISTÓRIA de quem viu um Pessoa que ri...) . . Ao princípio Senti-me como que um desaparecido... . Não em combate, Como certos militares em terra estranha... . Não no triângulo das Bermudas, Como reza a história de muitos navios... . Não em pleno ar, Como se fosse um avião Engolido pela própria atmosfera... . Não! Nada disso! Desaparecido de mim... Sem identidade... Sem existência... Sem referências... Sem sentido de viver... . Imagine-se a montanha! Grande! Monstruosamente grande! Gigante mesmo Elevando-se na planície! . Isso fui eu, O eu Narciso antes da primeira queda, Antes do começo das erosões... Seguidas, repetidamente insistentes, Continuadas no tempo e na vida... . Isso fui eu, Antes dos abalos, dos sismos, Dos terramotos sem fim Num mundo feito de sobrevivência Mais que de essência! . E a montanha foi perdendo forma, Volume, dimensão... Até se confundir na planície amorfa Da multidão sem rosto, Sem esperança, Sem dignidade E sem amor próprio... . Aparentemente, Eu tinha desaparecido, Sem que um vestígio de sobrevivência Servisse de pista Para uma busca por mim mesmo... . Imagine-se um desastre Num qualquer ponto isolado do globo, Onde um hipotético sortudo Salvo da morte pelo acaso, Irremediavelmente ferido, Acabasse por ficar Virtualmente irreconhecível Perante a exposição ao tempo E às depredações dos animais E da própria natureza... . Isso era eu! Perdido de mim e dos meus... Desaparecido do mapa Dos humanos com voz própria! . Ao princípio Foi assim que me senti. . Depois... ah depois, dei conta que vagueava Sem destino ou rota certa... Algures entre nenhures, Um ser disforme, Parco de alma e existir... . Durante momentos que pareceram anos, Durante anos que não tiveram momentos, Apenas procurei, não sei o quê... Não sei porquê... E não sei como... . Quando finalmente dei por mim, Não passava de um vagabundo, Perdido de si em busca do ser... . Era como se os locais, Por onde a minha sombra Me garantia a existência, Fossem nuvens sem forma, Estradas sem referências, Caminhos sem lei... . Apenas limbos... Apenas Éter... . Às vezes sentia Que estava numa grande teia, Cheia de predadores, Plena de vítimas, Ávida de sentidos e sentimentos... . Uma teia universal que me envolvia Como uma rede escura e semieléctrica... . Descobri, aos poucos, Que tinha sido absorvido pela internet E que me tornara Num Vagabundo Dos Limbos, Em Haragano, O Etéreo, Numa Lenda Urbana De quem nunca ninguém ouviu falar, Num Senhor dos Tempos Sem tempo para si mesmo... . Um Sir, à inglesa, polido na forma, Vazio no intimo de si próprio, Repleto de vontade e de reconstrução... . Um Vagabundo Dos Limbos, Haragano, O Etéreo, Em busca da identidade esquecida Num passado sem memória... . Até que renasci, Gritando aos cinco ventos A minha alvorada... Vento de ser, Vento de existir, Vento de viver, Vento de sentir, Vento de amar... . Renasci num bairro da cidade Onde um dia, faz tempo, nasci, Lá para as bandas de Campo Grande, Que mal conheço, talvez pelo tamanho... Renasci num casamento, o meu segundo, Num segundo, num momento, num clique... Renasci ali, na Casa Fernando Pessoa Onde casei de novo, convencido, Quase meio século depois de ter nascido, Em pleno Campo de Ourique... . De novo era gente, Uma criatura nova, Não na idade que essa Não deixa Cronos em cuidados, Mas na vida. Renasci porque vi O Pessoa que ri Da improvável volta que dei Na minha conturbada vida ou Desta atualidade que nos cerca, Deste Quinto Império em saldos, Destes políticos sem espinha vertebral, Do mar já salobro das lágrimas de portugal. . Eu era... Eu sou, esse Sir, O Vagabundo Dos Limbos... Haragano, O Etéreo... Pela rede universal transmitindo A história de uma alma Que aos poucos fui reconstruindo, Sem vaidade, sem orgulho, Sem a certeza sequer de ser ouvido... . Porém... com a esperança De que ao falar globalmente Para este universo imenso, Podésse um dia agir localmente Na alma de um ser que como eu Se possa sinta desaparecido a dada altura... Um ser exatamente como aquela que fez Pessoa rir Ao casar comigo em casa dele, Sem consentimento do próprio... . Assino, como me conhecem: Sir, Vagabundo Dos Limbos, Haragano, O Etéreo, O Homem que viu um Pessoa que ri... . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo
"NASCE" . . Temos esta noite... Pensa bem... Que importa o amanhã Se hoje existimos...? . Se podes escrever As palavras Que me invadem o ser E me viciam... Que importa o amanhã...? . Vício de ti... É virtual? Interneticamente inatingível? Que importa o amanhã Se a noite é nossa...? . Se é o futuro Que te dá alento, Porque não pode o presente Ser esperança? . Ahhhhh!!! Nasce comigo em cada tecla!... Nos diálogos frenéticos Das janelas privadas, Fechadas a todos Que não a nós... . Nasce comigo em cada letra Teclada com a força Do bater arrítmico De nossos corações perdidos, Para a eternidade, De tanta paixão... . Ahhhhh!!! Nasce comigo antes de amanhã, Porque o agora existe!... E é nosso amor, É todo nosso!!! Que importa o amanhã...? Diz-me! Que importa...? . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo
"NÃO POR MIM..." . . Às vezes acho-me um ser híbrido... Não importa se o sou Mas o que penso... É como se metade do que me constitui Fosse sentir E só a outra parte de mim Fosse homem nato... . Sou, tal como o dia tem na noite Uma outra face, Um ser ambidestro No que toca à mística Representada pelo coração... . Um quase ser criança Entre pudores que, Nesta idade que tenho, Já extintos deveriam estar. . Mas corre-me nas veias o devir... A sensação última de atingir A plenitude das coisas Simples e pequenas Que permanecem fiéis à memória De quem realmente as viveu Com existência. . Mas para que falo eu isto? Que importância tem? Ahhhhhhh... . Importa reflectir, Sentado nas escadas alvas e frias Do mármore que edifica e marca Cada registo do que sou, Tentando sempre Ir mais longe no pensar... . O que me move? Ou, talvez, o que me comove? Ou, ainda, o que me demove...? . É delicioso poder concluir que, Em cada caso, A chave é sempre a mesma: Sentimentos! Vindos de dentro, Da arca radioactiva de amor À qual chamamos alma... . Sentimentos, Desempacotados pelo espírito Que nos torna humanos, Postos a render Para que possamos desfrutar, A cada pegada impressa No caminho da vida, A realização do que deveríamos ser Para que o existir tenha um propósito: Felizes sermos!... . A demanda pela verdade É um falso caminho se no final da linha Não encontrarmos o amor! . É pela sensualidade dos corpos Que a alma, Feita espírito inventivo, Nos mostra a excelência de uma espécie Com milénios de existir: O Ser Humano. . Um ser que não se reproduz apenas, Mas que se funde em harmonia Sempre que a longa busca pela alma gémea Se conclui com êxito. . Ser sensual é ser-se humano E ter com isso a esperança De perpetuar a espécie Por forma a poder gritar bem alto, Aos quatro ventos: É amor!... . Às vezes acho-me um ser híbrido... Não pelo que sou Mas pelo que os meus olhos captam Do mundo a que chamamos evoluído... Onde sensualidade Se confunde com pornografia, Tal como o bem se confunde com o mal... . Às vezes Acho-me um ser híbrido, Mas não por mim... Não por mim... . . Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo