Miga e a Igreja Católica
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Não foi assim há tanto tempo que Paris viu mais uma página negra do terrorismo ser escrita. Aqui fica a lembrança desse dia 7 de janeiro.
Fez hojes 46 anos que saiu o 1º. número de semanário Expresso. O lema é bem conhecido: Liberdade para pensar.
Aqui fica a minha homenagem:
"PARADOXO"
O paradoxo
Nasce com o pensamento...
O pensamento
Alimenta-se da sociedade...
A sociedade
Gera a segurança...
A segurança
É a raiz do condicionalismo...
O condicionalismo
Corta a liberdade...
A liberdade
Diferencia o Homem...
O Homem
Origina o pensamento...
O pensamento
Cria o paradoxo!...
Fez hoje 5 anos que Eusébio nos deixou. Para que a memória nunca se apague, aqui fica a minha homenagem:
Fez hoje 52 anos que a banda musical The Doors lançou o seu primeiro álbum. Aqui deixo a minha homenagem a esses loucos dos excessos irreverentes. Uma das gigantescas genialidades musicais do século XX.
UM COPO SUPERBOCK...
Um copo de cerveja Superbock...
E a música apalpando toda a gente...
Um copo de cerveja
Superbock...
E gente sentindo o corpo quente...
Um corpo se deseja...
Superrock
É álcool subindo calmamente
Um corpo se deseja...
Superrock
E outro corpo aquecendo lentamente...
Um litro se despeja
Zarpa o carro...
E o leito se aproxima ardentemente...
Um litro se despeja
Zarpa o carro...
E o sangue zarpa no corpo da gente...
Um copo de cerveja
Superbock...
E a música apalpando toda a gente...
Um copo de cerveja
Superbock...
E gente sentindo o corpo quente...
Um fogo que se inveja
Coze o barro
E unindo dois corpos densamente:
É movimento, ritmo, ternura,
É febre, suspiros e loucura,
É infinito
Num tempo finito,
No segundo louco da expansão...
Um corpo se deseja...
Superrock
É álcool subindo calmamente
Um corpo se deseja...
Superrock
E outro corpo aquecendo lentamente...
Um grito se solta
E é bizarro...
É suor, saliva e sucos de emoção...
Um grito se solta
Coze o barro...
No exato momento da fusão...
É já... ainda não... e mais... agora!...
É vem... amor... é dia dos sentidos,
É noite, são ardores... é dentro e fora...
É grito que se quebra em mil gemidos!...
Um copo de cerveja
Superbock...
E a música apalpando toda a gente...
Um copo de cerveja
Superbock...
E gente sentindo o corpo quente...
Fez hoje 79 anos que abriu a Casa do Gaiato, obra do padre Américo, obra de rapazes, para rapazes, pelos rapazes. Obra de Rua. O lema era então: "Ninguém espere fazer homens de rapazes domados", e ainda se esclarecia, "não somos asilo, nem reformatório, nem colónia penal". Aqui deixo a minha justa homenagem.
CASA DO GAIATO
No vazio de um lar que teriam por direito,
Na exploração dos corpos, das almas e dos seres,
Que nunca autorizaram,
Na carência de amor, de roupa, pão ou de sorrisos,
Nos rostos imundos de uma miséria para a qual nunca tiveram explicação,
Eles nasceram…
Frutos menores da sarjeta desumanizada.
Abandonados por vergonha, medo, fome ou por defeitos
Para os quais nunca, por eles mesmos, contribuíram.
Trocados por vinténs, nos becos da miséria humana,
Postos a trabalhar, pedir, render, sem terem brincado
Um só minuto.
Eles, que não conhecem o significado de ambiente familiar,
De pai que é pai ou de mãe que o deveria ser,
Perdidos nas trevas de uma vida sem calor,
São o produto marginal da injustiça quotidiana,
Tratados como lixo sem voto na matéria
Ou voz que ouvida possa ser.
Também os há aqui, em Portugal, no país de abril e liberdade,
Porque a imundice dos povos e dos estados
Não tem pátria, nem bandeira, não tem hino.
Filhos sem Deus, de gente sem alma ou condições,
Abandonados por um Estado que diz ter falta de crianças
E se orgulha da sua segurança social.
Foi no último século, do passado milénio, que nasceu,
Nos anos quarenta, em plena ditadura,
A Casa do Gaiato, qual refúgio, fruto de uma alma boa,
A Obra do Padre Américo, Obra de Rua, recolhendo putos
De olhos negros de existir
Em vida escura.
Fonte de luz
Na neblina de ébano caiada nos egos de crianças perdidas,
Cariadas de dignidade, de valores, de existência.
Filhos de uma valeta marginal que ninguém vê.
Tetranetos de um mundo de injustiça.
Finalmente uma esperança, uma réstia, uma saída,
Uma fé, uma Casa do Gaiato.
Não foi perfeita a sua existência, mas fez diferença,
Foram milhares de almas que viraram gente,
Foram milhares de seres que se fizeram homens.
Teve problemas, más lideranças por vezes, vigaristas,
Oportunistas da fraqueza dos fracos, certamente,
Mas vingou, cresceu, se multiplicou
Em Portugal, Angola e Moçambique.
Faltam casas de gaiatos e gaiatas pelo mundo,
Falta solidariedade nas vidas de muitos poderosos,
Mas sempre faltará. É natural.
Não é preciso chorar o leite derramado,
O importante… é evitar, a tempo,
Uma nova derrama.
Fez hoje, 2 de janeiro, 527 anos que o Al-Andaluz acabou o seu reinado na Península Ibérica. A reconquista cristã terminou com a tomada de Granada. Passados mais de 5 séculos não sinto o mesmo entusiasmo que teria por certo sentido se vivesse naqueles tempos. Cristãos ou Muçulmanos não é assim tão importante, o que mais importa é sermos gente, seres humanos com alma, diferentes entre iguais.
Deixo a minha homenagem a quem perdeu a vida nessa luta de ideais com o meu poema:
ENTRE IGUAIS
Nada
Do que eu sou,
Ou fui,
Ou era,
Será o que serei
Daqui prá frente.
Não sei como não vi...?
É evidente!
Tudo o que eu fizer
Será diferente!...
Como aquilo que eu fiz
Não teve igual.
Simples,
Não sei como não vi,
É natural.
Apenas sou
Um ser diferente,
Diferente entre iguais...
Cheio de ideais...
Assim sou eu
E toda a gente...
A toda a hora um ser
Sempre diferente,
Especial,
Que pensa,
Em cada instante,
Ser diferente,
Mas que a todo o tempo
É igual!...
Já foi há 37 anos, corria o dia 1 de Janeiro de 1982 que Rosa Mota ganhou pela primeira vez a São Silvestre no Brasil... o tempo voa, mas, para que os nossos irmãos não pensassem que tudo fora um engano, voltou a ganhar no ano seguinte e no seguinte e no seguinte e no seguinte e no seguinte e no seguinte. Foram sete anos seguidos a vencer... o tempo voa,ou corre como esta Rosa do Rio Douro, campeã olímpica que, ainda no passado mês de Dezembro, resolveu participar na mini maratona de Macau apenas porque não tinha nada para fazer. E como quem continua leve e fresca, aos 60 anos de idade, resolveu ganhar, talvez só para recordar. Aqui deixo a minha homenagem:
“ROSA DO RIO”
Um dia, numa noite, em erma via,
Essa flor, desfilando, vislumbrei…
Uma rosa sem espinhos... eu pensei.
Na beira-rio, como o vento corria,
O que ninguém ali compreendia,
Nem mesmo eu, que, só de a ver, pasmei.
Tinha um brilho, que descrever não sei...
Talvez suor, orvalho ou invernia?
Nem sei se era flor ou se era gente,
Descia, à beira rio, sem ter raiz,
Doava luz à margem, tão feliz,
Procurando aventura na corrente…
Era uma livre flor, um sentimento,
Rosa de Portugal, correndo ao vento...
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