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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

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Beijo Arqui...

Beijo 32.jpg

32. Beijo Arqui-hiperbólico, imagine-se que a hipérbole é por si só um sinónimo normal do exagero, empregue na linguagem comum para expressar precisamente isso, o excesso. Com a junção do "arqui" superlativa-se o exagero ao seu expoente máximo fazendo deste beijar um beijo de uma vida, aquele que se recordará como um dos melhores momentos, dos mais íntimos, dos mais intensos, dos mais bem vividos. Beijar assim pode levar décimas de um segundo ou uma hora, não depende do tempo aplicado, mas do que sentimos durante esse tempo, se for arqui-hiperbólico é porque se tornará eterno.

Beijo Ardente

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31. Beijo Ardente, excitante e excitado, aquele que provoca a inceneração figurativa dos corpos em desejo impregnado de sensualidade e sexo, de volúpia e lascívia, de prazer e deleite, de carne e luxúria, de concupiscência e ambição, ou seja, ele é o ato que alcooliza os sentimentos, que droga os sentidos, que vícia o espirito, que projeta a alma para universos paralelos onde reina a emoção e que obriga o coração a bombar sangue como se do dilúvio divino se tratasse, tal a abundância frenética de hormonas correndo maratonas, num vai e vem infernal, entre dois seres fundidos num fogo imenso que se alimenta de vida e de paixão.

Beijo de Arco-Íris

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30. Beijo de Arco-íris, de luz, bem lá do fundo do túnel, como um clarão a sério, multicor, vivo, garrido, a apontar para a alegria, para a boa disposição e para o prazer incrivelmente bom que é estar-se perto de quem se gosta. Beijo como quem se ri com quem se confia e onde nos sentimos entusiasticamente muito bem. O arco-íris tem sempre reservado aquela surpresa lá no fim, que pode nem ser o pote de fortunas de que os antigos falavam, mas que valerá sempre mais do que qualquer ouro por ter como prémio último o seu sorrir de alegria e de prazer pela partilha, pela companhia, pelo entendimento, pela cumplicidade deliciosa que se sente numa situação assim em que beijar é apenas o inicio…

Beijo de Aquário

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29. Beijo de Aquário, para o nativo deste signo é necessário sentir que a outra parte se encontra enquadrada com o seu pensamento de molde a ser solidária e firme. Só assim, neste sentir, o beijo aquariano não terá preconceitos, rotina ou qualquer norma pré-estabelecida, tornando-se surpreendente a cada instante, imprevisível na execução, o que faz com que o interesse se mantenha vivo e o desejo ao rubro. É o beijo da cumplicidade, da mais perfeita conivência, da parceria absoluta, da procura do entendimento, podendo ser quer civilizado quer selvagem, primitivo ou visionário. Beijo de Aquário, independente, dado com imenso fervor, emocionante em privado ou em público, sem duração certa, brincalhão, jocoso e surpreendente, e se parece frio quando não existe envolvimento sério, é campeão da intensidade quando a partilha é total.

Beijo Apocalíptico

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28. Beijo Apocalítico, irresistível, forte como a tempestade, molhado como mil tormentas, violento como um vulcão, intenso como um dilúvio, rasgado dos hipotálamos fervilhantes de quem assim se beija como se nesse beijo se acumulasse toda a atividade sexual de uma vida. Por fim, os corpos fervem a trinta e seis graus à sombra sem que a ciência o saiba explicar devidamente. É a festa desgovernada das hormonas que invadem os organismos feitos posse, querer, desejo e loucura impregnada de mil correntes soltas de uma só vez libertando os seres gerando o caos, atingindo o abismo e, finalmente, chegando ao céu.

Beijo Apanhado

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27. Beijo Apanhado por entre as cinquenta sombras de um caminho onde a luz engana o olhar de quem se entrega ao beijo alheado do resto do planeta. Realça-se o improviso de tal ocasião onde tudo se estruturou por impulso, sem pensar. Para o casal o beijo decorreu de um maquiavélico instinto de atração fatal, sendo um beijo simples é, no entanto, um beijo de boca, de fome, de avareza pelo sabor que vem do par, tão sôfrego como espontâneo, tão ardente como sádico na ganância e masoquista na entrega, um beijo de extremos da primeira à última das brumas desse caminho onde das sombras se fez luz.

Beijo Apaixonado

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26.Beijo Apaixonado, na senda última da perfeição. Este é um beijo que necessita do mesmo sentimento por parte de quem se beija, não basta a paixão de um, não. É necessária a sintonia dos dois para que o ato se desenvolva em toda a sua envergadura e magnificência. Tudo se inicia no derreter dos olhares que se cruzam pela milionésima vez como se da primeira se tratasse, depois, com a proximidade o olfato entra em ação e deleita o cérebro com inebriantes reconhecimentos de um ser apaixonado, odor a odor, aroma a aroma, cheiro a cheiro, finalmente a fusão dos corpos enquanto os ouvidos ficam prenhes de gemidos murmurados quase calados tentando seguir dedos, mãos e outras partes se entrelaçam numa profusão de sentidos que termina na troca das línguas, em que cada papila gustativa parece servida com um manjar digno de reis ou marajás. No ar pairam hinos e melodias, ao fundo o Sol se põe e, só então, o sonho começa…

Beijo Ao Cubo

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25. Beijo Ao Cubo multiplicado por π (Pi), somado a todos os outros já entregues e projetado à escala quântica até um imaginário infinito. Porém se um cubo tem vários lados este só pode ser um beijo com múltiplas entregas a considerar pelo menos uma em cada face, seja na testa e depois no queixo, sem, contudo, deixar escapar uma nos olhos, seja uma outra no pescoço ou na orelha. É um beijo plural, multiplicado por π (Pi), somado a todos os anteriormente dados, pelo que necessita de espaços alternativos de entrega que implicarão certamente o genuíno uso do corpo recetor em rigoroso detalhe, pressupondo momentos primos de prazer inesquecíveis, porque ao infinito nunca foi ninguém…

Beijo de Antologia

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24. Beijo de Antologia, descrito através dos séculos pelos historiadores, narrado em páginas sem fim por escribas, plumitivos e escritores, cantado nos coros populares com a graça simples do que vem do povo, entoado por bandas, cantores e trovadores nos quatro cantos do mundo em canções sentidas, emocionadas e arrebatadoras. Beijo declamado por poetas embevecidos pela beleza mágica de um gesto de amor que se fez eterno e repetido no tempo em milénios de história, de gentes e de quereres, tornado intemporal, imortal e repetido sempre que entre humanos há amor.

Beijo à Antiga

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23.Beijo à Antiga, como um daqueles que se davam noutros tempos, cheios de pompa e circunstância, precedidos da devida vénia, do fletir do joelho, do olhar que se desviava de cima para baixo para depois ascender gradualmente de baixo para cima, enquanto os lábios do interlocutor afloravam ao de leve, e quase timidamente, a mão delicada da Dama, a quem se oferecia o respeitoso, embaraçado e envergonhado cumprimento, num ato de pura devoção, de profunda fé, de lascivo mas oculto desejo que implora revelação mas que tudo faz para se manter nas sombras de um crepúsculo onde reside matreiramente de forma sábia.

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