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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Beijo Frutuoso

153 -Frutuoso.jpg153. Beijo Frutuoso, daqueles que não admitem dúvidas, que não são feitos de sacrifício, que não se destinam a inimigos, que não se interrompem se chove ou se há calor a mais, que não exigem esforço algum dos que o praticam. Daqueles que são naturais, que geram frutos, que constroem futuros apenas preocupados com o presente e sem nunca pensarem no passado, que fazem girar o mundo mais do que aquilo que a verdade nos revela e que são, pelo menos, semente de amizade, raiz do amor, origem da paixão, génese da vida humana, do ser, do sentir, do querer, da saudade e da união desta espécie emocional de que somos o exemplo singular.

Agradecimento e Esclarecimento Facebook

Gil 01 março 2020.JPG

Agradecimento e Esclarecimento para

os Grupos ligados a

Campo de Ourique

 

A todos os elementos deste grupo e dos outros 4 e foram vários, que me contactaram, para saber porque não coloco a última Carta à Berta, sobre o SNS e Marta Temido,  aqui, cumpre-me esclarecer que sigo as normas dos grupos, ou seja, se um artigo, neste caso uma carta, não tem conteúdo direta ou indiretamente ligado a Campo de Ourique não faz sentido vir colocá-lo nesta página. Agradeço o interesse, mas conforme acabei de informar pretendo manter as regras do grupo, como utilizador comum que sou, perfeitamente igual a todos vocês. Se estiverem interessados nas cartas à Berta que não dizem respeito ao bairro podem consultá-las em https://alegadamente.blogs.sapo.pt, depois, no lado direito basta procurar o calendário e escolherem o dia que pretendem consultar. O mesmo se passa com os cartoons, basta procurar em https://gilcartoon.blogs.sapo.pt, para os poemas em https://estro.blogs.sapo.pt e para os beijos em https://plectro.blogs.sapo.pt. A todos muito obrigado pelo carinho e interesse demonstrado. Agradecido e sensibilizado, sempre ao vosso dispor,

Gil Saraiva

 

Beijo Frínico

152 Frínico.jpg152. Beijo Frínico, na senda do homónimo poeta ateniense, não pela tragédia em que era exímio especialista, não por se lhe dever a invenção da primeira máscara alguma vez usada por um ser humano, mas porque a ele é atribuída a introdução e presença das mulheres em palco no remoto século sexto antes de Cristo. Um beijo que, quando se entrega, precisa da mulher em cena, sob pena de ser dado em vão, no vazio, em vez de ser calidamente depositado na derme de um rosto com a pompa e circunstância que a entrega tem feita ao vivo e a cores, olhos nos olhos, pele na pele. Beijo frínico porque de espectadora a mulher passou à ação.

Desabafos de um Vagabundo: China, comer o melhor amigo...

Vão umas costelas de cachorro.jpg

Desabafo Cultural de um Domingo Estranho...

Aqui, nos desabafos de um vagabundo, não são apenas os beijos que se entregam virtualmente a quem não os pode dar ou receber.

Hoje, já nem me lembro a que horas, li que reabriram os mercados de animais na China, nomeadamente em Wuhan. A notícia era de uma publicação brasileira e indicava que, apesar da suspensão, decretada pelo governo chinês, que proíbe provisoriamente a comercialização e consumo de animais selvagens, tudo tinha voltado ao mesmo.

Não fui verificar os factos a outras fontes. O que mais me impressionou, desta vez, foi a venda de costeletas de cão. Na imagem que ilustra este desabafo está o processo todo assinalado por 3 números. No ponto 1 vemos 2 cães vivos, no 2 observamos um cão já abatido numa banca de pernas para o ar e no 3 reparamos nas costeletas de cão devidamente preparadas para serem temperadas e seguirem para a grelha.

Posso ser um vagabundo que aqui apenas desabafa, mas digiro mal estas realidades, penso que, por muita fome que tivesse, seria incapaz de comer o meu melhor amigo...

Desculpem o desabafo.

Gil Saraiva

Beijo de Frescura

151 - Frescura.jpg

 

151. Beijo de Frescura, criado na brisa marinha que nos acaricia num passeio à beira mar junto aos salpicos salgados das ondas que se quebram na areia numa homenagem consciente da nossa passagem. Suave como a mão de um bebé, que mal nos toca na sua busca por carinho, mas que nos faz sorrir de ternura. Leve como a nascente de onde brota o alimento da vida que desliza serra abaixo avivando campos, tirando a sede a quem a tem e anunciando primavera. Cristalino como o brilho do nosso olhar no cruzar das faces, transparente de intenções, pleno de significados. Beijo de frescura porque a alma e o coração são os olhos de água da vida e da felicidade, capazes de gerar primavera em pleno inverno.

Beijo Fresco

150 Fresco.jpg

150. Beijo Fresco como a cacimba da manhã amainada pelo brasido cálido da lareira em fim de noite, sentido nos lábios de ambos como nascentes primaveris de águas profundas que nos assassinam a secura das almas para, em seguida, nos aplacar a impaciência de ser e de oxalá, por entre os efeitos húmidos da reunião das bocas numa assembleia biunívoca de vontades e quereres que nos desperta os sentidos, nos alvoroça os sentimentos e que se precipita no abismo catarático que conhecemos pelo nome de amor.

Livro Ensaio: O Colecionador de Beijos II: Último Beijo

Gil 02 março 2020.JPG

O Último Beijo 2.jpg

 

“ÚLTIMO BEIJO”

                                  

Semanas há que guardo afoito o leito

Onde caíste assustadoramente

Enfraquecida, pálida, doente,

Quase uma réstia, assim, de um ser perfeito,

 

Com quem, há muitos anos eu me deito

Numa fusão de corpos tão ardente,

Que, meu amor, não tem equivalente…

Teu coração, p’ra lá do doce peito,

 

Envia-me sorrisos abafados…

Por entre a tosse, a febre e muita dor,

Nesses teus olhos, eu só vejo amor…

 

Quero poisar nos lábios teus, cansados,

Esses anos de amor e de desejo,

Morrer contigo, nesse último beijo!

 

Gil Saraiva

03/2020

 

Nota: Para entender o contexto da criação deste beijo convém consultar a Carta à Berta de 27/03/2020.

Beijo Fraternal

149 Fraternal.jpg

149.Beijo Fraternal, livre e igual, um beijo de Revolução Francesa ou, pelo menos, Iluminista, se adaptássemos o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem aqui teríamos algo assim "Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade, direitos e beijos. São dotados de razão e de consciência e devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade no ato de beijar." Um beijo fraternal que não é, contudo, revolucionário, mas sim de paz, de estabilidade, dado entre quem se quer bem. É o beijo transmitido entre irmãos ou amigos, sem problemas de raça, credo, idade ou sexo. Nunca será um beijo interesseiro, mas sim um beijo de justiça, solidário e verdadeiro na camaradagem e na vida.

Beijo à Francesa

148 - à Francesa.jpg

148. Beijo à Francesa, de língua na língua, de lábios fundidos no fogo ardente das emoções vibrantes e ansiosas na procura febril do prazer dos corpos enquanto alimento último dos seres que a ele se entregam devotos e crentes. Também apelidado de beijo frenético. pela forma como altera até os comportamentos mais calmos, ou de linguado por terras lusas. Incrivelmente não fala francês, apenas talvez porque não fala, mas murmura, emite gemidos húmidos vindos de lugares que não se encontram na geografia do mundo, mas apenas na anatomia dos corpos. Beijo à francesa, diferindo apenas do beijo de língua no que à demora e intensidade diz respeito, completo de sabores e odores, apelidado pelas paisagens brasileiras de beijo de vai e vem, pelo continuo movimento das línguas presas à vez, requintado na degustação mutua dos seres, perdido nas alcovas, nas sombras, nos recantos onde se abrigam atentos os ecos da paixão.

Beijo Forte

147 - Forte.jpg

147. Beijo Forte, possante, másculo e viril, bastião e fortaleza inabalável do orgulho masculino. Tão hormonal que em seu redor parece sempre sentir-se o odor a sexo transpirando na própria atmosfera. Este é um beijo de homem com agá grande, mas sem violência, brutalidade ou abuso, não se trata de um beijo repressivo ou imposto. Contudo, embora sendo um beijo controlador, ou quase, é igualmente um beijo participativo, repartido e dado entre um casal com total consentimento e entrega da mulher envolvida. Beijo forte, heterossexual, pojante, decidido, regado de dopamina numa infusão frenética de estrogénio e testosterona.

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