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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Beijo Memorável

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244. Beijo Memorável, ilustre porque para sempre emoldurado e em exposição na galeria dos momentos de excelência de uma vida. Distinto, com o porte devido dos grandes feitos. Insigne, entre tantos, pela força e beleza da obra gerada de um momento desigual na luz intensa com que iluminou todos os chacras de uma só vez em dois seres em simultâneo. Eminente e tornado célebre, porque não apenas nos tocou na alma como nos elevou os corações. Beijo que nos tornou unos, indivisíveis e perfeitos para habitarmos, por direito próprio, o condomínio privado do amor.

 

 

Beijo de Melodia

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243. Beijo de Melodia, normalmente inaugurado no decorrer de uma balada, uma canção, uma área, um fado ou um cantar tradicional. Um beijo de tal forma bom, agradável e inesquecível que a vontade de o repetir, de cada vez que ouvimos a dita música é quase que imperativa. Inesperadamente, não importa o tempo que passou, porque somos transportados pela mente para o instante em que tudo aconteceu pela primeira vez. Recordamos e sentimo-nos impelidos a repetir, tal como o fazemos ao comer algo que descobrimos que gostamos muito, só que no beijo de melodia o imperativo torna-se quase uma ordem, um beijo que podendo ter mil origens e formas ficou moldado por um som que nos faz reviver os factos de tal modo que é como se estivessem de novo a acontecer. Beijo de melodia, enquanto duas bocas o cantarem.

 

 

Beijo de Melancia

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242. Beijo de Melancia, verde por fora, como se de uma primeira vez se tratasse. Tímido, quase hesitante, mas repleto de esperança e vontade de seguir em frente. Vermelho por dentro, rubro de humores, sabores e tremores, rocios de paixão, de febre, de invencibilidade soberana de quem está convencido dos seus atos. Sabores de corpo, de fluidos, de transferências entre dois corpos que se colam e se conjugam. Tremores de quem não sabe onde pode chegar, como irá vencer, mas que arrisca no que lhe vem de dentro, num vermelho que lhe faz pulsar o sangue na conclusão deste beijo que nos refresca a alma, nos enche o espírito e nos mata a sede.

 

 

Beijo Melado

 

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241. Beijo Melado, como o mel mais puro das mais atarefadas abelhas deste reino, para quem de alguém tem a mais sincera amizade e consideração. Um beijo que escorregue lentamente doçura e afeto enquanto é transmitido, que nos permita descobrir prazeres, sabores e sensações cheias de vida, de energia e da mais indescritível magia entre seres que se enlaçam na procura um do outro com uma ternura julgada esquecida, adormecida ou arrecadada nos sótãos da nossa existência. Um beijo que possa desvendar segredos sem malícia, desejos sem ganância, ansiedades sem temores, porque afinal na viscosidade do mel se esconde a fonte natural das coisas simples, mas eternas, naturais e puras, belas e perfeitas. Beijo melado em sorriso doce…

Beijo de Mel

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240. Beijo de Mel, cheio de gentileza, compasso, letícia e imensa ternura. Um beijo daqueles que deixam marca, lambuzando quase sem querer a face da dama que o acolhe, num ato genuíno de alegria expansiva e extravasante. Um beijo transbordando delicadeza e carinho com a naturalidade como se transmitiria um sorriso, um olhar de aprovação ou um aperto de mão entregue com ambas as mãos, porque aqui impera a sinceridade, a clareza de sentimentos, a franqueza de espirito e a mais pura das verdades do sentir e do estar. Beijo de mel, doce na génese, meigo na partilha, saudoso na despedida.

Beijo Maternal

239 - maternal.jpg239. Beijo Maternal, embebido de amor incondicional. Porque um beijo de mãe é redentor e absoluto. Solidário porque sempre entregue quando solicitado. Responsável porque presente mesmo nas alturas mais difíceis. Atento porque vigilante e preocupado. Protetor porque a ligação é mais forte que o aço ou que o titânio, mas também, a todo o instante, carinhoso e meigo mesmo quando seria de esperar que o não fosse. Doce e terno como se o berço ainda ali estivesse. Pronto e disponível seguindo o instinto básico de progenitora. Bondoso e afável transmitindo carinho e alegria, entusiasta e apaixonado porque o sentimento vem de dentro e tem sempre ali paragem obrigatória. Beijo maternal, tão simples como evidente.

 

 

Beijo Matemático

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238. Beijo Matemático. 1 beijo de contas, ou seja, 1 pessoa de um lado e 1 outra do outro, + ainda, 2 lábios e 1 boca versus 1 face e 1 sorriso. Tudo isso é isto = à necessidade da existência de 2 vontades, de 2 querer, de 2 partilhas que em conjunto geram 1 motivo e 1 alegria em que tudo se multiplica por 1 conhecimento implícito entre as partes e se divide por 1 compromisso, 1 confiança, 1 felicidade da partilha da operação. Porém, atenção que - amizade gera - probabilidade de concretização e que + simpatia resulta numa grande satisfação elevada ao seu quadrado e isto a multiplicar por ambas as pessoas. Em resumo: 1BM = 1BC= ∑ 1Pss + 1Pss = (2L+1Bc) ÷ (1F+1S) = 2V+2Q+2Pt = 1Mt + 1A x 1Ci ÷ 1Cp + 1Cf + 1F [ ≠ - (Az -PC) ≠ +S ]= 1GS² x 2Pss = J .

Beijo de Máscara

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237. Beijo de Máscara, antes de tudo trata-se de algo surpreendente pois que inesperado na maneira como aparece. Vem, sem se fazer previamente anunciar. Distribuído, vindo de um hipotético Senhor da Bruma, a meio desfile, saído da névoa efémera de um foguete anorético de carnaval, que não assusta quem o presencia, mas que espanta, apesar de tudo, por se revelar vindo no nada. Beijo de máscara, oculto entre rostos, apenas revelado pela dedicação com que é oferecido, desprovido de peneiras, original no engalanar, sentido na dádiva.

 

 

Beijo à Marinheiro

236 - marinheiro.jpg236. Beijo à Marinheiro, despreocupado, atrevido, sem grandes laços ou compromissos. Entregue como se de uma onda se tratasse que, depois de se espraiar na praia não busca explicações e não regressa para dar quaisquer justificações. Beijo que vai e vem como as marés, mudando de parceria como quem muda de onda para onda ao navegar. Sendo um beijo de prazer é raro ser um beijo de amor. Umas vezes longo, intenso e excitado outras vezes mais curto e ansioso pela chegada do próximo na nova vaga que já se avizinha. Beijo à marinheiro, dado com ganas de vira-latas, sem dono ou dona, mas sedento de partilha e de carinho.

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