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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

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Beijo Quântico

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316. Beijo Quântico, porque de muitas ínfimas coisas, somadas entre si, acumuladas a cada instante, interligadas por elos tão fortes, que fazem enferrujar de inveja os metais ou derreter sem demora o maior dos icebergues, se atingem incomensuráveis feitos épicos de grandeza universal. Beijo onde se dá a combinação que anuncia a origem de uma nova espécie. Beijo quântico que se promove no parecer minúsculo, face à dimensão dos corpos e que se revela imenso pela conquista das almas, descomunal na associação dos seres, desmedido no arrebatar dos corações.

 

 

 

Beijo Puro

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315. Beijo Puro, sem pena ou desengano, sem mácula, mancha, sem misturas de sentimentos que, não sendo claros, repelem a luz e a beleza agora produzida. Beijo que representa um eco de uma boca, que anseia esfomeada pelo alimento milagroso dessa face sorridente. Beijo, entregue certeiro, a quem o espera feliz, porque um carinho assim só pode chegar por bem nas manhãs claras da vida, nas tardes tépidas da existência, nas noites frescas dos âmagos e do sentir. Beijo destituído de hesitações, de incertezas, de perplexidades ou de dúvidas. Beijo puro, real, nobre, de do sentir apaixonante, que brota verdade, que nasce da inocência, que vive do sentimento, que se esgota no vício.

 

 

 

Beijo de Pureza

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314. Beijo de Pureza, todo ele genuíno, de Portugal, de Camões e das Comunidades. Beijo de dez de junho. Beijo lusitano em todo o globo. Beijo de quem deu novos mundos ao mundo. Beijo de marialva, inocente no seu fado simples de conquistador sem manhas de Rodolfo Valentino ou Casanova. Beijo de quem beija por paixão e sentimento sem ensaios, de alma aberta e coração ao largo, poeta na esperança autêntica de ser bem acolhido, correspondido e até mesmo submetido à chama mais alta que o fez ansiar por ele, vergando à dama por quem arduamente se bateu. Beijo de pureza porque é tão português beijar assim, plenamente, em ingenuidade.

 

 

 

Beijo Provocador

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313. Beijo Provocador, de desafio atrevido e calculado, detalhe a detalhe, pensado, planeado e executado de forma a instigar reações adormecidas, mas que se julgam latentes, quer seja entregue com um jeito certo para gerar ciúme ou a atenção de outro alguém. Beijo provocador, quer se dê de modo a deixar na imaginação de quem o recebe todo um conteúdo ainda por surgir, mas que se antecipa pela feição atraente, tentadora, sedutora e provocante como se entrega. Beijo afirmativo no agir, sensual na postura, arrojado no contexto, forte na ratificação. Beijo provocador, porque toda a ação desencadeia uma reação.

 

 

 

Beijo prolongado

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312. Beijo Prolongado, apenas porque se gostou daquilo que inicialmente deveria demorar bem menos. Não é, á partida, um beijo demorado, nem estaria previsto ser um beijo longo. A palavra é explicita, ele é propositadamente prolongado depois de ter início. Na maioria dos casos porque se está a gostar da partilha e a sentir mais do que se esperava do ato ou até da pessoa que lhe deu origem. O agrado gera a demora extra na sua finalização. Provoca sensações que são normalmente surpreendentes e bem-vindas numa troca de fluidos e línguas em que a sensualidade ganha relevância e o apelo primário dos sentidos desperta novas sensações e apetites.

 

 

 

Beijo Pródigo

311 - prófigo.jpg311. Beijo Pródigo, daqueles que se dá com a saudade sentida no amago do ser, como se de um primeiro beijo se tratasse. Beijo cheio de sorrisos pelo novo contacto, pelo regresso à amizade, pela frescura de um novo olá ou de uma simples boa-noite, boa-tarde ou bom-dia. Beijo bom por qualquer coisa, porque mais que tudo esse beijar tem de em primeiro lugar ser bom, senão perde sentido, justificação e realidade. Beijo pródigo. aceite por quem o recebe, validado para ter sentido, para ser sentido, para fazer sentido.

 

 

 

Beijo Privado

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310. Beijo Privado, dado no recanto da intimidade, longe de todos, fora do alcance do olhar de estranhos, partilhado com garra, com querer, com saber e com volúpia. Beijo de olhos nos olhos, pele na pele, entre segredos não contados porque se conhecem sem deles termos que falar. Porém, sem ser propriamente um segredo é um beijo silenciado pelos murmúrios das bocas, pela partilha dos lábios, pela segregação apressada da dopamina, numa comunhão consentida, a dois, naquela altura em que um é sempre pouco e três nada mais é do que uma insuportável multidão. Beijo privado, dado por que se deseja, criado porque se gosta, inventado porque se precisa.

 

 

 

Beijo de Princípe

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309. Beijo de Príncipe, dado por plebeu aprendiz, pode não ter o cariz nobre de um beijo de corte, mas possui o mesmo estilo distinto e requintado aos olhos e no sentir da dama beijada. Beijo que, para ela, faz do príncipe apenas aquele que lhe arranca o arrepio de espinha, provocando instantaneamente coisas como a pele de galinha ou a ereção dos pelos do corpo, sem que qualquer ordem seja dada nesse sentido. Beijo de príncipe por quem o seu coração se acelera, por quem as faces mudam de tonalidade, por quem se sente o céu no simples ato de beijar. Beijo de príncipe, aristocrática transmissão de um bem real em dama apaixonada.

 

 

 

Beijo de Primeiro Beijo

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308. Beijo de Primeiro Beijo. Primeiro aquela sensação que nos enrola o estomago e nos seca a garganta, o nervoso absoluto da experiência ainda por testar, os suores frios que parecem nascer inexplicavelmente aqui e acolá. Beijo de primeiro beijo em que o coração desata a correr desalmadamente sem, contudo, sair do mesmo sítio. O beijo em que os olhares que se encontram e desencontram numa dança atrapalhada, tímida, mas desejada. Beijo em que os corpos se aproximam sem saber bem como, com braços que se embaraçam no seu próprio laço e rostos que respiram ofegantes naquele momento estático. Beijo, em que tudo parece andar à roda. Beijo em que as bocas se tocam, os lábios que se cruzam, o frenesim vulcânico que nos percorre as veias, o sentir que o mundo faz muito mais sentido do que o que alguma vez tínhamos pensado. Beijo de primeiro beijo, aquele em que as línguas que falam uma linguagem só delas, livremente, para, no auge apocalítico de um tornado de emoções e sensações, se descobrir que a vida é bela e, finalmente, regressarmos a nós num sorriso que abrange o universo.

 

 

 

Beijo Primeiro

307 - primeiro.jpg307. Beijo Primeiro, e não o primeiro beijo. Beijo primeiro na humanidade, aquele que deu origem a todos os outros. Beijo puro, instintivo, imaculado, único desde que Cronos inventou o tempo entre os humanos, desde que esse tempo foi descrito por homens sábios, por profetas, por todos aqueles que, com dedicação, criaram essa magia, contrariando guerras e respondendo apenas com uma simples troca de um carinho. Afinal… esse beijo primeiro é como se o vento e o fogo se unissem para combater pragas e destruição, guerras e conflitos e, por fim, todos os caminhos do mal. Beijo primeiro, que tudo vence, tudo ultrapassa, porque vem das almas que o partilharam e foi criado pelo coração… imaculado… puro… instintivo… e único!

 

 

 

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