Beijo de Poeta
301. Beijo de Poeta, de Camões, de Florbela, de Bocage, de Antero ou de Guerra Junqueiro, cantado em versos sem fim, em odes ou quadras rimadas na suavidade das formas, no encadeamento das rimas, por sonetos inventados em fontes profícuas de sensualidade, garbosas e apaixonadas, galantes e indescritivelmente originadas na dor que se torna amor, na lágrima que mata a sede, na fome que se transmuta em fartura. Beijo de poeta, aquele que implica sentimento à flor da pele, pele na pele, tudo em paisagens perdidas nas areias de melodias poéticas à beira-mar sob um ocaso de romance e sonho. Beijo de poeta entregue na alma, sentido nos lábios, cantado na voz, eternizado no coração.