Beijo Estival
126. Beijo Estival, brilhante como quem irradia, pela sua simpatia, uma luz só comparável com o radioso astro rei. Entregue de forma a matar a sede de carinho à dama que se quer feliz. Fresco no hálito, como a hortelã selvagem que nasce nos campos sem ser semeada. Macio no contacto delicado entre lábios, sabendo a iguarias, cujo segredo se perdeu nos confins de um tempo apenas gravado nos genes de quem é gente que sente e faz sentir. De um requinte ímpar porque singular e par porque devidamente combinado com os anseios e desejos da fêmea recetora. Beijo estival que, como um icebergue, pela chegada do verão, se desfaz num mar cada vez mais quente na sua viagem entre Polo e Trópico, até se fundir na derme reconhecida que o acolhe…