Beijo Revolucionário
332. Beijo Revolucionário, de abril, de cravo ao peito ou na espingarda, da coragem de avançar contra a apatia implícita no platonismo luso. Beijo de primeiro de maio, de punho erguido pelo direito de ser e existir, de lutar pelo acesso à felicidade, à alegria, numa luta que cheira a primavera, que se espera problemática, mas proveitosa na conquista convicta. Um beijo que se bateu pela concretização, suando sangue, suor e lágrimas de hipotéticos fracassos ou rejeições por parte da mulher escolhida. Beijo revolucionário, que não desiste ao primeiro não, de um Sérgio Godinho cantando "…e ela disse que sim", rubro, inflamado, intenso e incomensuravelmente apaixonado.