Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
A manhã passou Pela minha pele O radioso sorriso Do seu Sol...
A dançar, Atravessei as portas Da alma...
Lá dentro Um hino erguia-se mais alto Com sons de dádiva E oração...
Um hino à vida, Uma melodia plena De odores de amor, Correndo entre essências, Que geminam existências, Num ocaso rubro de ilusões... Rara visão esta!...
A um canto, Para lá das portas da alma, Um caixão coberto de flores Parecia sozinho...
Mas, na sombra, Uma velha Senhora, Aparentando ter morrido, Velava abandonada Numa cadeira feita de mágoa e dor...
Velava a Morte, Dentro do caixão, Entre pétalas e espinhos: Pétalas de amor; Espinhos de tristeza...
A Senhora, A quem o Tempo que passou Chamou de Eternidade, Parecia não sair dali...
Mas, olhando em redor, Lá a fui descobrindo, Um pouco Em toda a parte!
Já não sofria No canto da Felicidade!... Ria, dançando, Ao ritmo vivo da Alegria!
Noutro, o da Saudade, Chorava Rios de suspiros E lagos de Esperança...
Mais além, No recanto do Amor, Parecia ter dezoito anos Tal era a orla Repleta de Emoção...
A manhã passou Pelos meus lábios Num sensual beijo De existir...
E, sem querer, Descobri, Nesse momento, Porque vale a pena Esperar por amanhã!