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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Beijo Conspirador

080 - conspirador.jpg

81. Beijo Conspirador, entregue na penumbra ou nas sombras da noite onde a luz parece temer chegar, talvez até porque a trama no escuro adensa o perigo, aviva os sentidos, desperta a imaginação, aguça cheiros e odores e gera uma intimidade envolvente que se acerca dos protagonistas como se de uma bruma se tratasse. Um limbo em que o espaço não tem dimensão e o tempo não tem relógio. Onde o instante dura uma eternidade e onde a eternidade parece gastar-se instantaneamente pela avidez da situação. Tudo porque um beijo conspirador é, por mérito próprio, o beijo digno dos amantes, no sentido mais romântico do luxurioso termo. Ele nasce do perigo, vive da excitação e realiza-se no existir.

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Perdido…

 

 

 

         VIII

 

"PERDIDO..."

 

Contigo quero ter o sexo porno,

Lascivo, sado, louco, inconcebível...

Contigo quero ter indescritível

Noite de amor, ao rubro, como um forno...

 

Contigo quero ser metal no torno,

Pronto pra ver moldado de impossível

Meu aço, às tuas mãos, inconcebível...

Contigo quero ter o beijo morno,

 

Dado pelos amantes imortais,

Em noites, p’los poetas, não sonhadas...

Contigo quero ver as madrugadas

 

Plenas de nós e amor, entre teus ais...

Contigo quero amar... louco, varrido...

E dentro do teu ser dar-me perdido!...

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló - Harmonia

 

        V

 

“HARMONIA”

 

Aqui,

Neste hotel me sinto estranho,

Aqui,

Nada é pequeno nem tacanho,

Aqui,

Eu vivo paz, me sinto em casa,

Aqui,

Posso voar sem grão na asa….

 

Por entre árvores de fruto e palmeiras,

Por entre arbustos, por entre trepadeiras,

Passam correndo répteis velozes,

Lagartos, entre o verde e o castanho,

Fugindo sem tempo para poses,

Com medo de nós pelo tamanho

Ou pelo gargalhar das nossas vozes…

 

Por todo o lado

Vibra, quase com ardor, a empatia,

O sonho aqui está acordado

E a saudade é meta para um dia…

Tudo aqui é natureza na essência,

Aves, flores, gentes e magia,

Tudo aqui é puro, é existência,

Porque aqui se respira a harmonia…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – A Paisagem

 

          III

 

“A PAISAGEM”

 

Do ocre das fachadas

Das acomodações e dos chalés

Imagens de cor ficam gravadas,

Se destacam os detalhes, lés-a-lés,

Das madeiras, dos alçados,

Das varandas,

Passadeiras, caminhos, cordas bambas,

Delimitando espaços e picados…

 

São os chalés, por fora, salpicados

De espreguiçadeiras inovando

Ora repouso ameno,

Ora pecados,

Que cabe a cada um ir desvendando…

 

Tudo se vira ao porto, ao mar

E a Valença,

Ponto continental no horizonte,

Que a noite, ao cair, faz revelar

Do outro lado da água, bem de fronte,

Pelas luzes, as formas e a presença

Que olhando podemos vislumbrar…

 

São paisagens reais que amo e friso

Só porque adoro estar no paraíso…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – O Refúgio

 

 

         II

 

“O REFÚGIO”

 

 

Venham visitar o refúgio

Dos poetas, criadores,

Dos amantes, pensadores,

Sem subterfúgio

Entrar com amor,

Vir sentir a paz e a harmonia,

Num descanso tão consolador

Seja no pôr-do-sol

Ou raiar do dia…

 

É aqui que escrevo

Eu estas linhas,

É aqui que estou

Eu deslumbrado,

Tentando colocar nas entrelinhas

O quanto aqui me sinto

Apaixonado…

O Portaló tem um manto de magia,

Algo me faz sentir

Enfeitiçado,

Como se num cerne de alegria

Fosse possível tocar

A nostalgia…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XX - Sonhos de Poeta

 

"SONHOS DE POETA"

 

 

Aqui nos encontramos, os amantes,

Entre poemas não ficamos sós...

Dos versos que dizemos, somos voz,

Dos outros, que nos dizem, figurantes...

 

Somos um todo uno, por instantes,

Sorrimos e choramos, somos nós...

Afluentes de um mesmo rio, a foz,

Sensíveis... raros, somos os Atlantes

 

Em vias de extinção neste milénio...

Que os sonhos de poeta são morada

Daqueles que, ao escrever, são mago e fada...

 

Desses pra quem o verso é oxigénio...

E, se um final feliz temos por meta,

É porque temos... sonhos de Poeta...

 

 

Haragano, O Etéreo in Livro de Um Amor

(Gil Saraiva)

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