Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
(Brasil - Nordeste – IX – Ponta do Madeiro – Piscina e Bar - Foto de autor, direitos reservados)
Registos da Memória
IX
Brasil – Nordeste
Ponta do Madeiro – Piscina e Bar
Do ponto onde me encontrava a tirar esta fotografia apanhei, sem querer, o oceano, por entre as árvores, para lá da falésia. Fiquei satisfeito com o resultado. Afinal, não fora com intenção que registara os três azuis, oceano, céu e piscina. O registo era o do bar, por de baixo de um telhado de colmo, com os bancos do balcão dentro de água.
Uma comodidade da qual fiz uso e abuso durante toda a minha estadia ali, no Hotel Ponta do Madeiro, na zona de Tibau Sul, no Nordeste Brasileiro a Sul de Natal. O prazer de estar sentado dentro de água, encostado ao balcão, em conversas de circunstância e a beber um «chopo» (aquilo a que nós por cá chamamos de imperial ou de fino, dependendo da região do país), ainda hoje me vem à mente com saudades e alguma nostalgia associada.
Sentir o ar nas costas a queimar o dorso, enquanto o corpo se refresca sentado dentro de água e apoiado pelos cotovelos num balcão de bar, é uma daquelas imagens, do tipo que vemos nos filmes, a que normalmente associamos a paraíso. Não é assim tão estranho porque, afinal, estar ali representa despreocupação em relação ao passado, relaxe simples e sereno no presente e nenhuma apreensão em relação ao futuro. O jogo de luz, na quase totalidade da piscina, acompanhado pela sombra tépida da área do bar, fazem qualquer matemático pensar que a natureza é bem mais bonita do que meros cálculos abstratos e sem significado paisagístico, muito maior, por evidência lógica, é esse efeito num romântico inveterado que destila poesia apenas porque é muito bom ser feliz.