Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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108. Beijo Encarnado, como o sangue que nos corre nas veias alimentando o corpo, o ser, o existir. Corado e sensual como o pôr-do-sol que em dias estivais, na linha do horizonte, nos foge ao olhar mergulhando nas águas do oceano ou se encantinhando atrás da serra soltando línguas de fogo pelo ar. Libertador como o voo da águia que simboliza a glória última, derradeira paixão que vem do alto. Vibrante e forte como as vozes da revolução que pela esquerda vermelha grita liberdade. Mas simples como o sorriso que sai dessa boca após um beijo cúmplice, devotado e intensamente rubro.
87. Beijo Cúmplice, inventado pelo querer de dois seres que o realizam por desejo, vontade e paixão simultânea. Este é um beijo que ganha asas na privacidade das alcovas, protegido por esses refúgios pouco iluminados onde a sensualidade invade as sombras e os rasgos de luz dopam as mentes, apuram os sentidos, exaltam os sentimentos num universo de prazer tornado tátil por mãos, corpos e lábios que se envolvem em exercícios viciantes, de lancinante loucura sã, que só terminam por rendição das partes bem depois da unificação de um todo feito a dois. Beijo de cumplicidade, parente rico do amor, alma gémea da felicidade.