V
“BRAÇOS ABERTOS”
Quando os braços abriste para mim
E me deste teu meigo e doce colo,
Não sei eu se segui o protocolo,
Mas sei que me senti mui’ bem assim
Entre teus braços… Abraço sem fim
Junto ao teu peito meigo em que me enrolo,
Por esse teu carinho um novo Apolo
Me fizeste sentir… Num folhetim
Daqueles de cordel, com muito mel,
Apaixonado e vivo uma vez mais.
Quando os braços abriste fui jamais,
Fui nunca, garanhão, eu fui corcel
Cavalgando por ti, fui haragano,
No abrir dos teus braços… oceano!
Haragano, o Etéreo in Portaló
(Gil Saraiva)
III
“VERDE E OURO”
Quem não queria poder ver mais além?
Se olhar a Bahia na chegada, lá do ar,
Nos faz sorrir, tremer, e mais, sonhar,
Ao descer encontramos outro bem
Ao continuar ainda mais mirando,
Ao vermos, por fim também, focando
As torrentes cristalinas de água
Agora desabando
Em chuva tépida, lágrimas sem mágoa,
Que nos mostram as ilhas na paisagem,
Frente à Bahia, quase uma miragem,
Como gotas puras, meigas, generosas,
Quais gemas saindo preciosas
Do Atlântico que lhes presta vassalagem…
As mornas chuvas tropicais vão lavando
Nas ilhas o verde e o ouro naturais
E em instantes, minutos, vão limpando
Os tons de jade puro e de cristais,
Por caminhos tornados aquedutos,
Onde as águas escorrem cristalinas,
Onde chapinham rapazes e meninas…
A natureza parece estar sorrindo,
Banhada de alegria ao Sol fugindo
Qual corcel, que por ravina,
Ao vento correndo dá à crina…
Haragano, o Etéreo in Portaló
(Gil Saraiva)
“BRAÇOS ABERTOS”
Quando os braços abriste para mim
E me deste teu meigo e doce colo,
Não sei eu se segui o protocolo,
Mas sei que me senti mui bem assim
Entre teus braços… Abraço sem fim
Junto ao teu peito meigo em que me enrolo,
Por esse teu carinho um novo Apolo
Me fizeste sentir… Num folhetim
Daqueles de cordel, com muito mel,
Apaixonado e vivo uma vez mais.
Quando os braços abriste fui jamais,
Fui nunca, garanhão, eu fui corcel
Cavalgando por ti, fui haragano,
No abrir dos teus braços… oceano!
Haragano, O Etéreo in Livro de Um Amor
(Gil Saraiva)