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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

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Beijo Clitoriano

078 - clitoriano.jpg

78. Beijo Clitoriano, cantado e aclamado por poetas e musas ou com a descrição tímida ou da meramente figurativa, lembro Paulo Gonzo em Jardins Proibidos "… nesses recantos, onde tu andas sozinha sem mim, ardo em ciúme desse jardim, onde só vai quem tu quiseres, onde és Senhora de um tempo sem fim…". Ou chegando até à descrição sensual, erótica e lasciva de um Harold Robbins nos seus romances escritos no último quartel do século passado. Beijo clitoriano… lábios com lábios… depois de uma suave descida pelo ventre até se desaparecer entre coxas, enquanto a língua procura ávida humores de prazer em cada caricia, numa busca insana de murmúrios perdidos na eternidade que transformam um só momento numa razão de existir.

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Ela

 

 

   IV

 

"ELA..."

 

Ela

Não podia estar ali...

 

Talvez...

Nos confins do pensamento,

Longe de tudo...

Não de todos!...

Um rosto jovem no sorrir...

 

Um rosto,

Com raios de Sol

Caindo nos ombros,

Em cabelos de um ouro

Que brilha no escuro...

 

O azul do mar

Repousando nas pálpebras,

De uns olhos castanhos

Que brilham também...

 

Um doce poente

Poisado nos lábios,

De uma boca que arde

E cheira a pecado...

 

Um luar de prata

Em seu meigo rosto,

De uma Lua Cheia

Que ilumina a serra...

 

Os traços de Vénus

Moldados num corpo,

Que Gaia quis tão fértil

Como sensual...

 

O entardecer

Descendo no ventre,

Qual crepúsculo

Anunciando a plenitude...

 

O sabor a sal

Colando-lhe as coxas,

Húmidas de ansiedade,

De ante prazer...

 

O toque da seda

Envolvendo os seios,

Tentando esconder

A derme perfeita...

 

O amor perdido

Em seu terno olhar,

Que busca sedento

Outro olhar igual...

 

E um ar de oásis

Cobrindo-lhe a pele,

Qual neblina ténue

Desejando Sol...

 

Ela...

Não podia estar ali...

 

Talvez...

Perto de alguém,

Imaginário ninguém,

A quem esperava,

Um dia,

Vir a encontrar!...

 

Ela

Não podia estar ali...!

 

Não!...

Não existe tal paisagem,

Pois as quimeras

Nunca são reais!

 

Mas...

Se por força

De acasos impensáveis,

A paisagem

Não for mera miragem...

 

Se o ocaso

Realmente for poente

Que chega ante meus olhos

Suspensos na exceção,

Então... então...

 

Então tudo eu dou

Pela paisagem!...

O que sou,

O que fui

E o que serei,

O que tenho

E o que possa vir a ter...

Tudo!...

 

Porque tudo é pouco

Se puder na paisagem

Meu ser eu colocar...

Num canto,

Ali...

Mas enquadrado...

 

Ela

Não podia estar ali...

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

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