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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Portaló

 

        XV

 

“PORTALÓ”

 

Erguido na floresta tropical,

Em plena mata atlântica nascido,

De chalé em chalé, foi construído

Charmoso hotel, bem perto do portal

 

Feito de história em arco magistral…

No Morro de S. Paulo ao Sol batido,

Encosta acima, p’lo verde escondido,

Parece poesia ao natural…

 

Tem nome de escritor cada chalé,

“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”,

No nosso é já Pessoa que renasce

 

Em mensagem de amor, de paz, de fé…

O Atlântico enlaça a alma em nó,

Floresce nosso amor no Portaló!

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Luar de Sonhos

 

              XIII

 

"LUAR DE SONHOS"

 

Chegou hoje branca a noite de luar

Com farrapos de sonhos no horizonte

Envolvendo a serra, monte a monte,

Humedecendo as almas de invulgar

 

Ambiente de oculto secular...

Chegou hoje branca a noite em alva fonte,

Entre luz e mistério sendo a ponte,

Que a Lua não nos diz como alcançar...

 

Chegou hoje branca a noite... quase trágica,

Translúcida de seres e sentimentos...

Chegou hoje branca a noite e por momentos

 

Raiou, em sensual passo de mágica,

Poisando branca em teus olhos tristonhos

E os transformando num luar de sonhos...

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Flor da Pele

 

 

 

             XI

 

"FLOR DA PELE"

 

Sentir, à flor da pele, o verbo amar,

Amar, de corpo e alma, com furor...

Sentir, vibrar, viver e pressupor

Que o ser humano tem num só olhar:

 

A força e a vontade de lutar,

A garra e o poder de sobrepor

A tudo e todos a palavra amor,

Por mais que essa palavra vá custar!...

 

Sentir, à flor da pele, toda uma vida,

No prazer divinal de um só orgasmo...

Viver de gosto, em pleno entusiasmo,

 

Amar sem fronteiras, foragida...

Assim sempre tu és... e, apaixonada

Amas-me à flor da pele... da pele suada!...

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Navegar

 

       VI

 

 

"NAVEGAR"

 

 

Na frescura da derme acetinada

Se reflectem odores de sangue quente...

Reveste-lhe esse corpo a alma ardente,

Que no brilho do olhar se vê espelhada...

 

Génese de uma vida, de uma estrada,

Que apenas é trilhada por quem sente

O ser selvagem, por detrás da mente,

Que no sorriso parece tudo e nada...

 

É morno o toque, doce o paladar,

Fervente o cerne, corpo já sem mágoa,

Que parece nesta hora ir navegar

 

Em taças de luar, em rios d' água,

Onde apenas navega uma certeza:

A chama que o amor mantém acesa!...

 

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Braços Abertos

 

 

              V

 

 

“BRAÇOS ABERTOS”

 

 

Quando os braços abriste para mim

E me deste teu meigo e doce colo,

Não sei eu se segui o protocolo,

Mas sei que me senti mui’ bem assim

 

Entre teus braços… Abraço sem fim

Junto ao teu peito meigo em que me enrolo,

Por esse teu carinho um novo Apolo

Me fizeste sentir… Num folhetim

 

Daqueles de cordel, com muito mel,

Apaixonado e vivo uma vez mais.

Quando os braços abriste fui jamais,

 

Fui nunca, garanhão, eu fui corcel

Cavalgando por ti, fui haragano,

No abrir dos teus braços… oceano!

 

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Vermelha Mala

     

               IV

 

 

“VERMELHA MALA”

 

 

O brilho dos teus olhos deste a mim,

O rubro dessa boca me ofertaste,

No calor de teus seios me amparaste,

Em teus braços… de mata fui jardim…

 

Um bom abrigo foste tu, enfim…

Com tuas ternas mãos me massajaste,

Com as pontas dos dedos me coçaste,

No fundo do teu ser fui Mandarim…

 

Agora te dou algo onde guardei

O tão forte bater do meu sentir,

O meu amar, o meu por ti sorrir,

 

O meu ser, porque a ti amor me dei…

Guarda-a bem amor, porque ela embala

Meu coração, esta vermelha mala…

 

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Apogeu

 

        III

 

 

“APOGEU” 

 

 

Sua teu corpo amor e sua o meu

Até a vista nos ficar nublada,

Da fusão do contacto à pele suada

Sexo de fogo a noite desprendeu…

 

Seguindo unidos… Já amanheceu…

No Portaló um céu de trovoada

Parecia cantar, em alvorada,

A noite que entre nós aconteceu…

 

Veio a luz da manhã, se fez esplendor,

Brilhou como cristal a água azul,

Atracou um barco mais pra Sul

 

E buzinou pra nós o nosso amor…

Suou teu corpo amor, suou o meu,

De gota em gota… até ao apogeu!...

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – A Batalha

 

          II

 

 

“A BATALHA”

 

 

Macumbas, fadas, anjos e bruxedos,

Sereias, mais encantos e vudu

Ou Iemanjá, milagre e tabu,

Trazem as trovoadas aos penedos…

 

Chuvas, calor e Sol entre rochedos,

Gotas de sal e sangue em rio Cairu…

Amor, suor e vida em corpo nu,

No Morro de S. Paulo são segredos…

 

Por toda a ilha o céu vence o inferno

E esta batalha não acaba mais,

Pois Tinharé protege seus mortais

 

Com seu manto de verde quase eterno…

Desde a primeira à quinta praia a vida

Usa o amor e a fé como saída…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Quadro da Bahia

 

                PARTE III

 

 

               RETRATOS

 

 

"OS SONETOS DO SONHO" ou

 

 

  "O SORTILÉGIO DO AMOR"

 

                   I

 

 

“QUADRO DA BAHIA”

 

 

No calor amarelo da Bahia,

Passo eu Lua-de-mel inesquecível,

Perdido nessa carne apetecível

Num rodízio de amor e de alegria…

 

Damos na praia as mãos e vibra o dia,

A água à rocha dá beijo impossível,

Conversa a aragem em tons de invisível,

Respondem as palmeiras por magia…

 

Já tem três milhões de almas Salvador

E nós somos só duas de passagem,

Mais dois pontos num quadro da paisagem…

 

Respiramos o povo e somos cor,

No mercado modelo ou pelourinho

Somos da cor do mel, cachaça e vinho…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Despedida

 

        XII

 

 

“DESPEDIDA”

 

 

No Hotel Portaló o ser se reparte

Qual afago, festa ou cafuné,

De chalé em chalé

Cultura é baluarte

Que à natureza se mistura

Com engenho…

Quem chega,

Chega a um mundo à parte;

Quem parte

Não esquece o desempenho

De quem

O acolheu naquele hotel,

De quem

Lhe deu guarida,

Deu quartel,

Deu nova vida…

 

Portaló não é porta,

É como um véu,

Passar por ele só importa

Para quem quer ficar perto do céu…

Quem parte

Leva natura e arte

Quem chega

Tem saudades quando parte…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

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