Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
106. Beijo Einsteiniano, em que a relatividade se explica pela fórmula E=mc², sendo E a Emoção, m o momento e c² a fusão dos dois corações envolvidos no ato, dito de outra maneira, E, que representa a Energia da Emoção do evento e é igual a m, que se traduz pela Massa, aqui representada pelo Momento, multiplicada por c², que nada mais é do que a velocidade da luz no vácuo, que se explica simplesmente pela intensidade de dois Corações elevados à sua potência na prática do beijo que integra a pureza e a verdade. Enfim uma Lei Universal, a Emoção sentida num simples beijo destes só pode ser universalmente traduzida quando o momento ganha oportunidade e se torna facto na fusão absoluta de dois seres que, por esta via, chegarão à felicidade.
67. Beijo de Carne, um daqueles que se sente quente, forte, sôfrego, esfomeado, cru, natural, vivo, ansioso e só possível de amparar se correspondido com a mesma intensidade na receção. Ele é entregue com os olhos nos olhos e a pele na pele, ao som frenético e acelerado dos corações a comporem sinfonias de volúpia, caminhos de envolvência plena, de pura sensualidade, daquela que faz suar os corpos e ferver o pensamento. Um beijo provido de um misto de querer, desejar, ansiar e poder fundir e assim continuar numa mistura homogénea de carne, de corpos e espíritos que se imagina ser impossível de alcançar, mas que afinal existe.
61. Beijo Cantado por uma filomela, em noite de lua cheia, plena de luar, levado pela oressa harmoniosa dos ventos do verão, que se aproxima deste hemisfério, a galope num haragano, imponente no porte e orgulhoso na figura, para repousar por fim, qual chegada a casa, nessa face feminina e sorridente. Vibrante no timbre, fazendo-se escutar nos espaços circundantes como se de uma ária de amor se tratasse realmente. Beijo cantado, com garra, com alento e solidez, com melopeia e intensidade. Este é um beijo que se entoa pela humanidade, que ecoa pelo cosmos, que retine pelo universo, como um cântico que se quer doce mas enérgico, meigo mas excitante e principalmente vivido a dois com uma matriz absolutamente intencional que nos leva à serenata, na janela da alma, anexa ao coração.