Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
245. Beijo em Menina feita Mulher. Qual Maria da Fonte, de arma em punho, exigindo dos homens a devida indemnização pelos longos milénios de subserviência forçada. Qual Cleópatra, despertando para a existência, fazendo de imperadores romanos servos do seu erotismo divino. Beijo em menina, que num beijo se desperta para o resto da vida com a agilidade da gazela. Beijo que gera a entrega nada molificada, mas sim ávida de quem, ao sair do ninho, se lança aos perigos do futuro num primeiro voo feito de risco e assombro. Beijo em menina que nasceu para ser mulher.
92. Beijo Delicado, qual flor de estufa que não pode ser tratada de qualquer maneira. A fragilidade aqui obriga a extremos e ariscados cuidados de assistência quase que permanente. Tudo isto porque existe o periclito de poder ser rejeitado de forma abrupta, e com alguma aspereza, pela menina, senhora ou dama a quem o beijo se destinava pelos desígnios da nossa escolha e vontade. Para chegar a bom porto este ato terá de levar com ele o charme do concessor, arrebatando no romantismo do enlaço a força, o dinamismo e a energia positiva do ambiente para tentar levar de vencida a resistência feminina que poderia levar a uma possível rejeição. Depois, por fim, dissipadas as dúvidas, aplica-se paixão e beija-se com alma.