Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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101. Beijo Doce como a cana-de-açúcar que nos oferece o milagre guloso desse pó que nos turva o olhar e nos invade alegremente as papilas gustativas. Salgado como a vaga da praia-mar que vem forte em direção à areia com a intenção última de a deixar húmida e sedenta de vida, mas por isso mesmo doce de novo. Terno como o brilho de um luar que chega do alto e nos transporta para paraísos de negro ou azul-escuro raiados da platina de uma Lua Cheia de encanto, romance e beleza. Feliz como um qualquer amanhecer de verdadeira primavera sob o cantar das aves que, pelo bater das asas, aplaudem esse beijo que parecendo néctar é simplesmente doce.
O Néctar dos Deuses, Um tal de hidromel, Pode ser divino, Digno de tão elevados seres, Mas não tem o sabor do nosso amor... Não sabe a vida e a eternidade, Não tem a plenitude num mero segundo, Não nos faz sentir que existimos Porque precisamos de viver Para poder tocar o infinito No espaço estrito De um simples olhar...
O Néctar dos Deuses Pode ser divino, Pode ser perfeito, Pode ser puro, Pode ser cristalino, Pode ser indescritível, Mas não é absoluto Como nós...
Somos um ser total Em construção, Estamos para além Dos sentidos E dos sentimentos, Somos o futuro, A esperança e a alegria Das nossas próprias almas...
O Néctar dos Deuses Pode ser divino, Mas não tem a graça Do teu sorriso, O perfume do teu ser, A alma desse corpo Onde me perco de mim, Para despertar num tal de nós...
Se és a flor oculta Deste meu existir, Até aqui perdido, Eu mais nada quero ser Do que a terra Onde cada uma das tuas raízes E todas elas Se alimentam até à eternidade...
Até à eternidade Numa sede sem fim E que por convenção Chamamos de amor!...