Poemas de um Haragano: Livro XXI – Tinharé
IV
“TINHARÉ”
Tinharé
Se desvenda e redescobre,
Do homónimo arquipélago
Se destaca,
Impõe naturalmente um porte nobre,
No vestir rico da verde casaca,
Feita de Mata Atlântica em frescura…
Tinharé é terra, é ilha pura…
Qual esmeralda brilhando
Entre ametistas,
Tinharé
Deslumbra pelas vistas…
Verdejante de vida
E de natura,
Parece esquecer a amargura
Dos dias que pareciam sem saída
Nos tempos velhos da escravatura…
Em plena Mata Atlântica
Sitiada,
A ilha parece quase desenhada
Para, sendo deslumbrante
E desejada,
Se tornar doravante,
De improviso,
No último sonhado paraíso…
Haragano, o Etéreo in Portaló
(Gil Saraiva)