Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Toca-me

 

 

        XIV

 

"TOCA-ME..."

 

Quando aquela mão

Se estende decidida e sensual,

Num caminho seguro,

Até tocar suave

Um membro adormecido,

Despertamos nós...

 

Desperta o príncipe

Com coaxares de sapo,

Porque a magia

Se fez vida

E gozo último...

 

Quantos de nós, homens,

Antropófagos do sentir,

Não atingimos o céu

Antes do tempo

E tudo por um toque apenas?

Ahhhhhh...

Isto é vida!

 

Nada se compara

Ao arrepio da derme

Perante um deslizar

De dedos ao acaso.

 

Nada é mais intenso

Do que sentirmos a mão,

A nossa mão,

Navegar serena,

Pela derme de outro alguém,

Procurando o calor ameno

De um Trópico de Câncer

Ou Capricórnio...

Pra mergulhar ardente

Num vulcão de amor

E nos fazer arder

Sem febre alguma

Que não aquela

A que chamamos de paixão...

 

Partir do que é geral

Para o mais específico,

Intimo, privado e particular...

Sentir a preocupação das formas,

Das cores, do brilho,

Do estado hipnótico de um toque,

Em impressões tácteis

De impensáveis sensações

De loucura frenética e absoluta...

 

Depois...

Procurar uma ordenação táctil

Dos elementos do percurso

E projetá-los em cenas

De luxuria conseguida e integral...

Por fim...

Gritar em êxtase:

Toca-me de novo meu amor!!!

 

A Mulher,

Mais do que ser humano,

É arte viva,

Sente

Como nenhum outro espécime

À face do planeta...

E faz sentir...

Chegamos ao infinito

Num só toque...

E de lá voltamos para podermos,

Também nós,

Tocar e atingir assim

O despertar de uma aurora

Que nasce pura de êxtase

E plena de prazer!...

 

A Mulher

Faz uivar bem lá no fundo

Aquele ser esquecido,

De ser gente,

De ler vida,

De ter voz...

E provoca do intimo

A alma ansiosa de sentir,

Perdida de sentido,

De momento,

Já faz muito e muito tempo,

Para gritar, por fim,

Em pleno êxtase:

Toca-me de novo meu amor!!!

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Navegar

 

       VI

 

 

"NAVEGAR"

 

 

Na frescura da derme acetinada

Se reflectem odores de sangue quente...

Reveste-lhe esse corpo a alma ardente,

Que no brilho do olhar se vê espelhada...

 

Génese de uma vida, de uma estrada,

Que apenas é trilhada por quem sente

O ser selvagem, por detrás da mente,

Que no sorriso parece tudo e nada...

 

É morno o toque, doce o paladar,

Fervente o cerne, corpo já sem mágoa,

Que parece nesta hora ir navegar

 

Em taças de luar, em rios d' água,

Onde apenas navega uma certeza:

A chama que o amor mantém acesa!...

 

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Despedida

 

        XII

 

 

“DESPEDIDA”

 

 

No Hotel Portaló o ser se reparte

Qual afago, festa ou cafuné,

De chalé em chalé

Cultura é baluarte

Que à natureza se mistura

Com engenho…

Quem chega,

Chega a um mundo à parte;

Quem parte

Não esquece o desempenho

De quem

O acolheu naquele hotel,

De quem

Lhe deu guarida,

Deu quartel,

Deu nova vida…

 

Portaló não é porta,

É como um véu,

Passar por ele só importa

Para quem quer ficar perto do céu…

Quem parte

Leva natura e arte

Quem chega

Tem saudades quando parte…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XX - Navegar

 

"NAVEGAR"

 

 

Na frescura da derme acetinada

Se reflectem odores de sangue quente...

Reveste-lhe esse corpo a alma ardente,

Que no brilho do olhar se vê espelhada...

 

Génese de uma vida, de uma estrada,

Que apenas é trilhada por quem sente

O ser selvagem, por detrás da mente,

Que no sorrir parece tudo e nada...

 

É morno o toque, doce o paladar,

Fervente o cerne, corpo já sem mágoa,

Que parece nesta hora ir navegar

 

Em taças de luar, em rios de água,

Onde apenas navega uma certeza:

A chama que o amor mantém acesa!...

 

 

Haragano, O Etéreo in Livro de Um Amor

(Gil Saraiva)

Navegar 09/05

Navegar no Crepúsculo...

"NAVEGAR"

Na frescura da derme acetinada
Se refletem odores de sangue quente...
Reveste-lhe esse corpo a alma ardente,
Que no brilho do olhar se vê espelhada...

Génese de uma vida, de uma estrada,
Que apenas é trilhada por quem sente
O ser selvagem, por detrás da mente,
Que no sorriso parece tudo e nada...

É morno o toque, doce o paladar,
Fervente o cerne desse corpo em mágoa,
Que parece nesta hora ir naufragar

Em lágrimas de mar, em rios d' água,
Onde apenas navega uma certeza:
A chama que o amor mantém acesa!...

Haragano, O Etéreo in Século XXI

 

Loira em Águas Turvas

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Seja Bem vindo ao Twitter

Follow JJGilSaraiva on Twitter

Arquivo

  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2021
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2020
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2019
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2018
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2017
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2016
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2015
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2014
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2013
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2012
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2011
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2010
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2009
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2008
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub