Beijo Cantado
61. Beijo Cantado por uma filomela, em noite de lua cheia, plena de luar, levado pela oressa harmoniosa dos ventos do verão, que se aproxima deste hemisfério, a galope num haragano, imponente no porte e orgulhoso na figura, para repousar por fim, qual chegada a casa, nessa face feminina e sorridente. Vibrante no timbre, fazendo-se escutar nos espaços circundantes como se de uma ária de amor se tratasse realmente. Beijo cantado, com garra, com alento e solidez, com melopeia e intensidade. Este é um beijo que se entoa pela humanidade, que ecoa pelo cosmos, que retine pelo universo, como um cântico que se quer doce mas enérgico, meigo mas excitante e principalmente vivido a dois com uma matriz absolutamente intencional que nos leva à serenata, na janela da alma, anexa ao coração.