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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Beijo Envolvente

113 - envolvente.jpg

114. Beijo Envolvente, desenvolvido numa cena de genuína sedução, numa atmosfera carregada de fantasia e rococós própria dos momentos de ultrarromantismo, em que tudo se parece conjugar como que saído de um molde cativante, imprimindo um cunho caraterístico ao local, às circunstâncias e ao tempo. Numa palavra, o cenário revela-se perfeito. Nos olhares sente-se a atração dos corpos, dos rostos e dos gostos. Inesperadamente ela sabe aquilo que a atrai nele e, como que por um inexplicável ímpeto, ele descobre tudo o que ela tem de encantador. Só então o beijo acontece. Lânguido no começar, emotivo depois do primeiro toque, vivido em plena devoção no decurso da ação, envolvente na transcendência do transporte das mentes para as sensações tépidas dos lábios, que se humedecem mutuamente, enquanto ambos se sentem conduzidos para mundos julgados impossíveis. Beijo envolvente que nascendo de um quase nada, sem um como ou um porquê, sem racionalismos ou filosofias, apenas ao serviço das cativações próprias do sentir, desagua em cenas feitas de beijar, por entre sombras vacilantes de velas, que parcas luzes emanam, entre olores lúbricos e palatos feitos quinta-essência, numa foz impetuosa lotada dos mais finos nutrientes de um amar.

Poemas de um Haragano: Nos Caminhos da Flor – Fragrância

 

          VII

 

"FRAGRÂNCIA"

 

Na fragrância vaporina

De um odor...

Vindo do branco têxtil

De uma renda...

Te sinto eu:

...

No íntimo do teu cheiro...

Do teu ser...

Do teu corpo...

Do teu eu!!!

 

Sentir-te é sentir-me!...

 

E eu...

Sou tão egoísta

Dessa palavra simples

Chamada: Nós!

 

Quero-te!...

Na plenitude do uno

E do indivisível

Para poder viver em ti...

Na fragrância

Vaporina

De um amor...

 

Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos Da Flor

(Gil Saraiva)

Música Precisa-se: Fado da Moody's

Nota Prévia: O autor da letra procura alguém que componha a música

deste fado e alguém que esteja disposto a cantá-la. Obrigado.

 

 

"FADO DA MOODY'S"

Portugal estava no lixo,
Foi a Moody's que o pôs lá,
Qual maçã podre, com bicho,
É pra deitar fora já!

É pra deitar fora já,
Depois de séculos de História,
Nem importa quem cá está,
Pois tramar o tuga é glória.

Isto está mesmo a pedir,
Ai, Uma arma de dois canos
Cerrados que é pra partir
A cara aos "amaricanos".

Mas quem eles acham que somos?
Portugal deu a palavra,
Temos honra no que fomos,
Não somos da sua lavra...

Abutre é aquele que explora
O mais pobre ou o mais fraco,
Cheira o sangue e não demora
A deixar tudo num caco!

Isto está mesmo a pedir,
Ai, Uma arma de dois canos
Cerrados que é pra partir
A cara aos "amaricanos".

A Europa que se una,
À nossa volta na luta,
Que forme connosco a tuna,
Gritando: "filhos da dita!"

Gritando: "Filhos da dita,
Novos mundos deu ao mundo
Este povo que acredita
Conseguir sair do fundo..."

Isto está mesmo a pedir,
Ai, Uma arma de dois canos
Cerrados que é pra partir
A cara aos "amaricanos".

Dois terços do mar na Europa
É do nosso Portugal,
Não sujeitamos a OPA
O nosso país natal!

Se houve um entendimento,
Com a Troika do dinheiro,
Não nos "lixem" no momento
Deixa-nos provar primeiro!

Isto está mesmo a pedir,
Ai, Uma arma de dois canos
Cerrados que é pra partir
A cara aos "amaricanos".

Haragano, o Etéreo in Baladas de Embalar

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Terra de Vénus – Flor da Pele

 

             IX

 

"FLOR DA PELE"

 

Sentir à flor da pele o verbo amar,

Amar de corpo e alma, com furor...

Sentir, vibrar, viver e pressupor

Que o ser humano tem num só olhar:

 

A força e a vontade de lutar,

A garra e o poder de sobrepor

A tudo e todos a palavra amor,

Por mais que essa palavra vá custar!...

 

Sentir, à flor da pele toda uma vida

No prazer divinal de um só orgasmo...

Viver de gosto em pleno entusiasmo,

 

Amar sem fronteiras, foragida...

Assim sempre tu és e apaixonada

Amas-me à flor da pele... da pele suada!...

 

Haragano, O Etéreo in Terra de Vénus

(Gil Saraiva)

A Palavra 03/11

 

A Palavra"A "A PALAVRA"

O bar ao fundo...
O motivo era a espera,
Uma espera com fim anunciado:
Ela não devia demorar!

Na sala cheia
Ninguém dava por mim,
Naquele canto destinado
A ilustres desconhecidos,
Como eu, aliás...
A multidão falava de quotidiano,
Falava de tudo,
Mesmo sem muito conseguir acrescentar...

Na minha mente
Uma só palavra parecia bailar
Entre a ponta da língua
E a garganta seca da cerveja
Já extinta no copo da imperial,
Havia algum tempo...

O bar ao fundo...
Uma só palavra...
E ela que tardava...

Pela milionésima primeira vez
Consultei o relógio,
Era verdade:
Os segundos continuavam a passar
No ritmo incontrolável
Do Tempo...

Levantei o olhar...
Ela sorriu para mim
Uma vez mais,
Como mil e uma vezes o fizera
Anteriormente...

E a palavra ganhou forma de novo,
E o Tempo parou,
E o bar pareceu vazio,
E a garganta húmida
Ganhou voz e lançou a palavra,
Pela milionésima segunda vez,
Pela ponta da língua:

Amo-te!

Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos Da Flor

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