Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
67. Beijo de Carne, um daqueles que se sente quente, forte, sôfrego, esfomeado, cru, natural, vivo, ansioso e só possível de amparar se correspondido com a mesma intensidade na receção. Ele é entregue com os olhos nos olhos e a pele na pele, ao som frenético e acelerado dos corações a comporem sinfonias de volúpia, caminhos de envolvência plena, de pura sensualidade, daquela que faz suar os corpos e ferver o pensamento. Um beijo provido de um misto de querer, desejar, ansiar e poder fundir e assim continuar numa mistura homogénea de carne, de corpos e espíritos que se imagina ser impossível de alcançar, mas que afinal existe.
56. Beijo Brando, com tendência para aquecer, não em lume, mas pele na pele, caramelizado de doçuras tornadas carinhos. Começa com uma farinha de ternura para dar consistência e sensualidade, mais um toque de lima saído do nervoso miudinho misturado a rigor no pote da boa disposição, para não enjoar. Depois… bem, depois um cheirinho a menta intelectual como forma de evitar um possível hálito menos aprazível e, finalmente, bem no topo tudo polvilhado com o açúcar de um sorriso bom. Um alegre rasgar de lábios devidamente cozinhado e levado ao fogo lento do calor humano e nas devidas proporções, para assim poder oferecer a ambos um manjar chamado beijo, classificado nas iguarias da lembrança serena dos seres, que se cruzam na vida e que jamais esquecem.