Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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301. Beijo de Poeta, de Camões, de Florbela, de Bocage, de Antero ou de Guerra Junqueiro, cantado em versos sem fim, em odes ou quadras rimadas na suavidade das formas, no encadeamento das rimas, por sonetos inventados em fontes profícuas de sensualidade, garbosas e apaixonadas, galantes e indescritivelmente originadas na dor que se torna amor, na lágrima que mata a sede, na fome que se transmuta em fartura. Beijo de poeta, aquele que implica sentimento à flor da pele, pele na pele, tudo em paisagens perdidas nas areias de melodias poéticas à beira-mar sob um ocaso de romance e sonho. Beijo de poeta entregue na alma, sentido nos lábios, cantado na voz, eternizado no coração.
260. Beijo de Nascente, genuíno e impoluto, fora da contaminação dos homens, integro e natural, de uma transparência sã que ascende do íntimo da existência. Beijo puro e fresco como a água que brota da terra lá bem no alto da montanha. Cristalino como o rio que corre pela natureza. Vivo e criador como essa corrente de vida que procura chegar breve à foz, espalhando fauna e flora pelas suas margens bem delineadas. Enfim, belo porque são, feliz porque simples. Um beijo que nasce do seio da nossa própria essência, impelido por uma palavra, um olhar, um sorriso que assim, sem mais nem menos, nos diz que é bom viver e partilhar.