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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Crónicas dos idos... que não voltam. Soares dos Reis

Soares dos Reis

Soares dos Reis.jpg

Faz hoje 130 anos que o Escultor Soares dos Reis se suicidou. O maior nome da Escultura Nacional na fase de transição entre o Romantismo e o Realismo, ceifou a sua própria vida, com 2 tiros de pistola, na cabeça, aos 41 anos de idade. Portugal perdia, nessa altura, um dos seus maiores génios de sempre no que às Belas Artes diz respeito. Considerado um dos grandes, melhores e mais geniais escultores do mundo no seu tempo, morreu com apenas 22 anos de carreira. Foi o primeiro a esculpir a Saudade em estátua. Criou o busto feminino da Flor Agreste, um rosto belo, jovem, mas vindo do povo, não composto segundo as modas da época, ou o modelo não tivesse sido uma carvoeira vizinha do escultor. Mas Soares dos Reis é também o autor da estátua em bronze de Dom Afonso Henriques, o nosso fundador.

Algumas Obras de Soares dos Reis:

Saudade completa.Jpeg

Saudade (escultura completa)

Saudade.jpeg

Saudade (detalhe de escultura)

Flor Agreste.jpg

Busto - Flor Agreste

Dom Afonso Henriques.jpg

Dom Afonso Henriques (Estátua em Bronze)

Deixo-lhe a minha mais que justa homenagem:

ARTE

 

Arte...

Harmonia do Tempo,

Em cada tempo...

 

Reflexo cultural

Semigenérico

Que só alguns dotados

Conseguem realmente apresentar...

 

Arte...

Qualquer de nós tem

Por dever:

Compreender, amar, saber sentir...

 

A estética é bela,

“Fenixiana” pura

E a Arte

É o sentir representado

Da harmonia estética do mundo,

De fénixes mil por cada tema:

Reflexos de nós

E nada mais!...

 

Séculos há

Em que a Fénix se propaga...

 

A espécie ganha força,

Gera frutos,

Num movimento imenso:

Universal!!!

 

No vigésimo primeiro século

Da História

Uma outra ave nasce...

É de rapina:

“Artitese”!!!

 

Um monstro deformado,

Devorador de Fénixes,

O Anticristo

Da Ordem dos Dotados Criadores!...

 

Rareia,

Agora, a Fénix na Terra

E todos temem,

Tremem, mas não falam!...

 

A “Artitese”

Proclama-se de Fénix

E diz renascer da anterior...

 

Tem falta de harmonia,

Foge à estética

E só ao medíocre dá aval!...

 

Artistas, criadores,

Deste planeta,

Património de toda a Humanidade,

Ajudem-me a matar o predador!

É necessário

Tentar salvar a Fénix!!

 

Gil Saraiva

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Os Chalés

 

 

 

           X

 

“OS CHALÉS”

 

Como peças de um grande dominó

Os chalés vestem a encosta

Do Morro de S. Paulo: É Portaló…

 

Se do Pessoa eu vejo bem o porto

Nos outros se tem igual conforto…

 

Temos Zélia Gatai, Voltaire

E Jorge Amado,

José de Alencar, Júlio Verne,

José Saramago…

Temos Marguerite Duras

E emoções

Seja em Machado de Assis,

Luís de Camões,

Nas aventuras

De Alexandre Dumas,

Joaquim Ubaldo Ribeiro

Ou Eça de Queirós

Por entre as brumas…

 

Castro Alves tem também telheiro,

E nem os miseráveis são refugo

Pois que aqui tem também,

Seu chalé, o Vítor Hugo…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – A Paisagem

 

          III

 

“A PAISAGEM”

 

Do ocre das fachadas

Das acomodações e dos chalés

Imagens de cor ficam gravadas,

Se destacam os detalhes, lés-a-lés,

Das madeiras, dos alçados,

Das varandas,

Passadeiras, caminhos, cordas bambas,

Delimitando espaços e picados…

 

São os chalés, por fora, salpicados

De espreguiçadeiras inovando

Ora repouso ameno,

Ora pecados,

Que cabe a cada um ir desvendando…

 

Tudo se vira ao porto, ao mar

E a Valença,

Ponto continental no horizonte,

Que a noite, ao cair, faz revelar

Do outro lado da água, bem de fronte,

Pelas luzes, as formas e a presença

Que olhando podemos vislumbrar…

 

São paisagens reais que amo e friso

Só porque adoro estar no paraíso…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – O Refúgio

 

 

         II

 

“O REFÚGIO”

 

 

Venham visitar o refúgio

Dos poetas, criadores,

Dos amantes, pensadores,

Sem subterfúgio

Entrar com amor,

Vir sentir a paz e a harmonia,

Num descanso tão consolador

Seja no pôr-do-sol

Ou raiar do dia…

 

É aqui que escrevo

Eu estas linhas,

É aqui que estou

Eu deslumbrado,

Tentando colocar nas entrelinhas

O quanto aqui me sinto

Apaixonado…

O Portaló tem um manto de magia,

Algo me faz sentir

Enfeitiçado,

Como se num cerne de alegria

Fosse possível tocar

A nostalgia…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Rústica Entrada

 

                         I

 

“ RÚSTICA ENTRADA”

 

Quem chega

O porto atravessa

E o portal;

Se de barco chegou

É natural

Que no verde pasmem os olhos,

Sem pressa,

Porque a paisagem

É de ritual,

De verdes, aos molhos

Das árvores caindo

De todos os tons,

O chão colorindo,

Bichos, gente, sons…

 

A dois passos somente

O Portaló,

Ali, alegremente,

Como um sol-e-dó,

Parece,

Pela rústica entrada,

Convidar quem passa,

A prolongar a estada,

Com seu ar de graça…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

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