Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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310. Beijo Privado, dado no recanto da intimidade, longe de todos, fora do alcance do olhar de estranhos, partilhado com garra, com querer, com saber e com volúpia. Beijo de olhos nos olhos, pele na pele, entre segredos não contados porque se conhecem sem deles termos que falar. Porém, sem ser propriamente um segredo é um beijo silenciado pelos murmúrios das bocas, pela partilha dos lábios, pela segregação apressada da dopamina, numa comunhão consentida, a dois, naquela altura em que um é sempre pouco e três nada mais é do que uma insuportável multidão. Beijo privado, dado por que se deseja, criado porque se gosta, inventado porque se precisa.
64. Beijo de Caranguejo, o mais cativante de todos os beijos do Zodíaco e tudo porque não há imitações para este nativo estival. Por definição o Câncer é acolhedor, compreensivo e lutador sempre que o afeto está em jogo ou sempre que alguém se torna um objetivo. Assim são também os seus beijos, afáveis, complacentes, combativos e carinhosos, contudo absolutamente focados e dirigidos num único sentido, numa só via. Nunca servirá qualquer um, apenas aquele alguém específico e não outro qualquer. Quando alcançado o beijo torna-se íntimo, molhado, irrecusável e familiar. Beijo de Caranguejo, um beijo de laços, de união, lento e meigo, privado e exclusivo, onde se declara em palavras ou atos o carinho ou o amor, por isso deveras fascinante, atraente e muito sedutor, sempre na senda do mais puro romantismo.