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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Beijo Complicado

078 - complicado.jpg

79. Beijo Complicado, um daqueles que estranha o nunca. Que se concebe sem buscar um só porquê. Que se indaga ignorando o como. Que se lega sem um simples como, mas que se transmite mesmo sem se saber onde. Que se planeia sem ter tempo ou qualquer quando. Que se forja sem pensar em se… Que se consagra sem precisar de um e… ou de um e se… que se sente sem um odor sequer. Que se reparte sem se chegar lá. Que se devora sem se ter um fim. Que nos avassala sem sentirmos um, porém. Que se corporaliza porque o queremos dar sabendo a quem, a quem, a quem… beijo complicado, sabemos a quem o queremos facultar e isso chega.

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Um Poema

 

 

        XVI

 

"UM POEMA"

 

Um poema

Nada tem de silencioso,

Mágico ou natural,

É sim um grito mudo

Do amago de quem escreve

Para a essência de quem lê...

 

Se for ouvido é música divina,

É arte,

É voz...

 

Mas se na valeta

Do esquecimento

Ele cair

Então

O poeta morreu uma vez mais,

Mas não sem antes sofrer muito

Para além do suportável

Pelo comum dos mortais...

 

Quantos de nós,

Muito além desse sentido,

A que chamamos de audição,

Escutamos realmente o grito mudo?

 

Quantos de nós ouvimos

No marasmo do nosso cotidiano

Um só poema?

 

"-Depende..."

Dirão os mais sensíveis...

"-Eu acho que sim!"

Afirmarão os convencidos

Pelas lições que a vida

Lhes foi dando...

"-Eu escuto..."

Dirás tu

Com medo da tua própria voz...

 

Um poema

Nada tem de silencioso,

Mágico ou natural,

É sim um grito mudo

Do amago de quem escreve

Para a essência de quem lê...

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Quem

 

     XII

 

"QUEM..."

 

Quem

Tem na esperança

O sussurrar cálido das marés?

 

Quem

Encontra no próprio reflexo a alegria

De vivo se sentir com confiança?

 

Quem

Procura sempre o impossível

Sem temer ou mesmo desistir...?

 

Quem

Sente o nascer do Sol

No crepúsculo insustentável da madrugada?

 

Quem

Reconhece ser seu o Vagabundo

Perdido nos Limbos pela busca?

 

Quem

Vê o Haragano na bruma

E lhe reconhece os traços do Éter?

 

Um só alguém!...

E esse quem

Não tem o que temer,

Por que tremer,

Pois brilha mais alto,

Mais forte e mais além...!

 

E luta, como luta mais ninguém,

Mesmo na mais temível escuridão,

Acabando por encontrar, por conquistar,

E por sorrir, enfim, ao ver no espelho

A imagem refletora de um futuro

Que em cada segundo se torna presente...!

Que em cada “impresente” renasce em saudade!...

 

Assim...

Todos saberão conhecer o tal de quem,

Que no sussurrar ameno das marés,

Completará um próximo devir,

Com a forma simples de um sorrir...

 

Mas será realmente que esse quem,

Com a “imatemática” clareza dos sentidos,

Sente, o amor, sem incerteza?

Mesmo sem temer ou desistir?

Talvez...

 

Quantos ou quantas acharão sinais

E por engano se julgarão escolhidos?

Só quem acreditar que jamais

A ilógica absurda, de um tão grande amor,

Poderia servir de engodo vil

Ganhará a glória terminal!

 

E esse alguém terá...

No sussurrar cálido das marés,

Na alegria de vivo se sentir,

Na procura impossível sem temer,

No crepúsculo insustentável da madrugada,

No brilho mais alto, mais forte, mais além,

Na busca perdida pelos Limbos,

E na mais temível escuridão,

A taça da vitória conquistada,

A certeza de saber que o quem

É ele ou ela e mais ninguém!

 

Para mim,

Apenas importa esse meu quem!

E espero meu amor, querida, meu bem,

Que a taça seja eu e ela tua,

Tal como o infinito é mais além,

Tal como da Terra satélite é a Lua...

 

E só assim,

Por fim,

Na forma de um sorriso, feito belo,

O meu quem se refletirá da cara nua,

Por provir simples, franco, singelo,

Desse amado rosto, dessa face tua!

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XX - Quem...

 

"QUEM..."

 

 

Ah! Quem nos olhos trás a Primavera...?

Quem no sorriso tem a branca neve...?

Quem dança como pena, ao vento, leve...?

Quem pode ser humana e ser tão fera...?

 

Quem faz parar o mundo quando espera...?

A quem a poesia tudo deve...?

Por quem se torna a vida uma hora breve...?

Pra quem nasceu tão meiga esta quimera...?

 

E quem tem a frescura de uma brisa?

Quem tem traços mais brandos que aguarela?

Quem faz ferver as águas do Tamisa?

 

É quem o alto Olimpo inveja ao vê-la...

Não se compara a Héstia ou Artemisa...

És tu... que brilhas mais do que uma estrela!

 

 

Haragano, O Etéreo in Livro de Um Amor

(Gil Saraiva)

Quem 29/10

Quem 

"QUEM..."

Quem
Tem na esperança
O sussurrar cálido das marés?

Quem
Encontra no próprio reflexo a alegria
De vivo se sentir com confiança?

Quem
Procura sempre o impossível
Sem temer ou mesmo desistir...?

Quem
Sente o nascer do Sol
No crepúsculo insustentável da madrugada?

Quem
Reconhece ser seu o Vagabundo
Perdido nos Limbos pela busca?

Quem
Vê o Haragano na bruma
E lhe reconhece os traços do Éter?

Um só alguém!...
E esse quem
Não tem o que temer,
Por que tremer,
Pois brilha mais alto,
Mais forte e mais além...!

E luta, como luta mais ninguém,
Mesmo na mais temível escuridão,
Acabando por encontrar, por conquistar,
E por sorrir, enfim, ao ver no espelho
A imagem reflectora de um futuro
Que em cada segundo se torna presente...!
Que em cada impresente renasce em saudade!...

Assim...
Todos saberão conhecer o tal de quem,
Que no sussurrar ameno das marés,
Completará um próximo devir,
Com a forma simples de um sorrir...

Mas será realmente que esse quem,
Com a imatemática clareza dos sentidos,
Sente, o amor, sem incerteza?
Mesmo sem temer ou desistir?
Talvez...

Quantos ou quantas acharão sinais
E por engano se julgarão escolhidos?
Só quem acreditar que jamais
A ilógica absurda, de um tão grande amor,
Poderia servir de engodo vil
Ganhará a glória terminal!

E esse alguém terá...
No sussurrar cálido das marés,
Na alegria de vivo se sentir,
Na procura impossível sem temer,
No crepúsculo insustentável da madrugada,
No brilho mais alto, mais forte, mais além,
Na busca perdida pelos Limbos,
E na mais temível escuridão,
A taça da vitória conquistada,
A certeza de saber que o quem
É ele ou ela e mais ninguém!

Para mim,
Apenas importa esse meu quem!
E espero meu amor, querida, meu bem,
Que a taça seja eu e ela tua,
Tal como o infinito é mais além,
Tal como da Terra satélite é a Lua...

E só assim,
Por fim,
Na forma de um sorriso, feito belo,
O meu quem se reflectirá da cara nua,
Por provir simples, franco, singelo,
Desse amado rosto, dessa face tua!

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

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