Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
Recebi no final de 2021 uma série de mensagens privadas de utilizadores dos grupos Campo de Ourique e Bairro de Campo de Ourique, sendo que várias dessas pessoas são membros dos dois grupos, a pedirem-me para deixar de colocar os meus poemas e cartoons de Miga, a Formiga, nos grupos, onde ainda por cima sou o administrador, bem como a acabar com a Carta à Berta e até com os Desabafos de um Vagabundo.
Fiquei admirado na altura, porque nunca ouvira queixas nesse sentido e, durante dois anos e dois meses partilhara os meus processos criativos com ambos os grupos. Porém, recentemente, já este ano, tenho recebido várias mensagens a solicitar que volte a escrever como antigamente.
Dito isto não sei muito bem o que fazer e por isso peço a vossa opinião. Podem mandar mensagem privada ou comentar aqui.
Vi hoje, assim que me levantei, o anúncio do falecimento de Jorge Sampaio, um homem de princípios que sempre lutou por eles. Honesto, sério, franco e verdadeiramente amigo dos portugueses de quem foi Presidente durante dez anos. A sua verticalidade e frontalidade estava bem mais alta do que a sua filiação partidária. Pela defesa da liberdade e dos seus princípios foi capaz de destituir um governo.
No outono de 1995, fiz-lhe uma grande entrevista para uma rádio regional do Algarve, de 55 minutos, durante um almoço da sua campanha presidencial, em Portimão. Foi à beira-rio, por entre peixe fresco, no meio de uma multidão de comensais. Por várias vezes se emocionou na defesa daquilo em que acreditava e estava, à época, firmemente convencido que derrotaria Cavaco Silva à primeira volta (o candidato presidencial da direita, e ex-Primeiro-Ministro).
Assim aconteceu. Cavaco Silva sofreu uma estrondosa derrota que, por pouco, não o afastou da política para sempre (porém, infelizmente, este personagem sinistro viria a suceder a Sampaio, logo depois deste cumprir os seus dois mandatos consecutivos).
Os três dias de luto nacional são poucos para homenagear o antigo Presidente da Républica Portuguesa, Jorge Sampaio. Poucos porque, quer se queira quer não, ele foi o último dos Dom Quixote. Efetivamente, não houve moinho de vento, político ou lobby que o demovesse das suas convicções. A honra e a palavra dada eram, para Sampaio, quase que apelidos do seu nome. A integridade, a frontalidade, a liberdade e a honestidade eram valores tão importantes como comer ou beber, ou seja, parte integrante do seu ser, de coração fraco e alma gigante. Estes desabafos são apenas a minha singela e humilde homenagem a um dos grandes de Portugal. 25 de ABRIL SEMPRE! Até sempre Senhor Presidente, até sempre!