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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Beijo de Sonho

372 - sonho.jpg372. Beijo de Sonho, dado de maneira a ficar guardado para todo o sempre nas memórias de quem o partilhou. Beijo que se descreve nas conversas à lareira, nas noites frias de Inverno, contado ao mínimo detalhe por anciãs, cuja idade já nem se representa por números, mas por expressões que traduzem bem melhor a tremenda longevidade das narradoras. Beijo sentido por poucos, e invejado por todos, pelo registo indescritível que deixou a quem o experimentou uma só vez que fosse. Beijo terno, sentido, carinhoso, vivo, pleno, inflamado e inesquecível, um beijo de sonho para um sonho de mulher.

 

 

 

Beijo Criativo

084 - criativo.jpg

84. Beijo Criativo, produzido fora de qualquer sonho, por mais divinal que este possa ser. Originado na realidade sincera de querer entregar, com a maior das simplicidades e vontades, algo de agradável a alguém, que se determinou previamente, e a quem se quer, mais do que tudo, prestar um agrado, uma afeição, algo simples, mas profundamente sentido e intencional. Sempre será, contudo, original e até artístico não perdendo a naturalidade, na senda do inesperado, mas apetecido, por forma a não provocar qualquer reação de desagrado, mas sim, possivelmente, ser recompensado com um outro beijo ou com um sorriso retributivo de simpatia, ou, quem sabe, um beijo de mais além...

Poemas de um Haragano: Nos Caminhos da Flor – Por Mais…

 

       XIV

 

"POR MAIS..."

 

Por mais

Que o encanto

Pareça estar quebrado...

 

Por mais

Que o sonho

Tenha dado lugar ao Sol

Depois de um raiar irritante

E nublado da aurora...

 

Por mais

Que o cotidiano

Me tente chamar à razão,

Qual despertador enervante,

Repetitivo,

Monótono

E incansável...

 

Por mais

Que a flor

Se encontre oculta...

 

Por mais

Que tudo...

 

Nada vai parar

Quem sonha

Com o que sabe querer,

Por mais

Que o sonho

Demore a chegar...

Por mais que o sonho

Demore

A sonhar...

 

Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos da Flor

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Nos Caminhos da Flor – Não Leias…

 

         IX

 

"NÃO LEIAS..."

 

Não leias...

Não leias estes versos

Meu amor,

Eles, que são pra ti,

Não deves ler

Pois não podes, jamais,

Pensar saber

Que meros versos são...

Uns sem valor...

 

Não leias estes versos...

Por favor...

 

Neles, faminto vivo

Por viver,

Neles, razão tu és

Deste meu ser,

Neles, eu nada sou

Sem teu calor...

.

Não leias estes versos

Que te escrevo,

Não pode o teu amor

Calhar-me à sorte,

Não tenho as quarto folhas

Num só trevo

Se na roda da vida

Tenho a morte...

 

Não leias estes versos

Sonho terno

Se eu em teu existir

Não for eterno...

 

Não leias estes versos

Que falam de um de nós

Que apenas minha mente

E minha voz

Inventaram de forma inconsistente...

 

Não leias estes versos...

Estou doente!...

Como podes tu ler

Esta passagem

Se mais real que tu

É uma miragem!...

 

Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos Da Flor

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Música

 

 

      VIII

 

"MÚSICA"

 

A música tem o espaço invadido

De ternas melodias...

 

No bar,

A tela sem som,

Transmite ilusões

De novelas sem fim...

 

A cena,

Com contornes de virtualidade,

Faz-me ver-te ali...

Do outro lado do bar,

Na penumbra das luzes

Em perpétua difusão...

 

Ali...

Nessas formas

Desse corpo que sonho;

Nas margens desse teu cabelo,

Onde os meus dedos anseiam

Perder-se um dia mais...

 

Procuro,

Com ânsia adolescente,

O teu olhar,

Profundo...

Oculto...

Magnífico...

E sinto-o no sorriso

Desses lábios

Que Mona Lisa invejaria ter...

 

Porque não falas?

A espera

É como um incêndio de floresta...

Consome tudo em seu redor...

Devora o íntimo do ser e...

Mesmo assim...

É divino o prazer

Da ansiedade...

 

A música

Tem o espaço invadido

Do teu ser...

E a tela,

Sem som,

O sorriso mudo dos teus olhos!

 

A cena faz-me imaginar

Contornes de impossível...

E na penumbra das luzes

O sonho aparenta

Um perpétuo devir...

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Terra de Vénus – Sentir Camoniano

 

                 VII

 

"SENTIR CAMONIANO"

 

Amor é eterno nada e universo;

É ilusão que muito e pouco dura;

É muita fome ter quando há fartura;

É viver o contrário do inverso;

 

É um calado estar quando converso;

É doença que não procura a cura;

É seta que não faz qualquer rotura;

É submarino coração emerso;

 

É vela acesa que apagada existe;

É o sonho do homem acordado;

É a felicidade de estar triste...

 

Mas como podes ter tu sublimado

Este sentir, Camões, que descobriste

P’rá ‘inda ser presente o Amor passado?...

 

 

Haragano, O Etéreo in Terra de Vénus

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Terra de Vénus – Amar

 

    III

 

"AMAR"

 

Amar, amar e só amar alguém;

Amar, por toda a vida, eternamente;

Amar, quem só nos ama, loucamente,

Amar, como Florbela... usar também

 

Por mote um de seus versos, que diz bem:

"Eu quero amar, amar, perdidamente,"

No futuro, passado, no presente,

Amar como eu nunca amei ninguém...

 

Amar quem nesse amor se adora e ama,

Em chamas de alegria e de calor,

Amar, por quem meu corpo arde, chama;

 

Chama que arde e dura por amor...

Amar, amar, amar, essa ternura,

Essa mulher que sonho ser loucura...

 

Haragano, O Etéreo in Terra De Vénus

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Quartos com Vista

 

 

 

 

 

                    VIII

 

“QUARTOS COM VISTA”

 

Aqui em Portaló cada espaço

Tem seu nome,

Cada quarto é um abraço,

Se usa “meu” como pronome…

Quartos com identidade

Onde a chama se conquista

Com vigor, tenacidade,

Sem que ninguém lhe resista…

Aqui belo é felicidade

Nestes “meus” quartos com vista….

 

Seja Fernão Capelo Gaivota

Ou O Velho e o Mar,

O sentir é patriota

De quem por aqui passar…

 

Ficar em Eva Luna

A pernoitar,

Robson Crusoé,

Lobo do Mar,

Pequeno Príncipe

Ou o Alquimista,

Num sorriso bem risonho

Cada quarto é egoísta,

Cada momento é um sonho…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – A Vigília

 

       VI

 

“A VIGÍLIA”

 

O sonho parece não ter fim…

Criando praiazinhas graciosas

O mar banha os despontares de areia,

Com flores de espuma, qual jardim,

Regado a gotas de oceano, preciosas,

Pérolas de mar na maré cheia…

 

De forma suave, harmoniosa,

Chegam as águas fluidas à muralha,

E a meiga ondulação vai radiosa

Penteando as pedras sem batalha,

Numa paz cúmplice que enleia

As margens por onde serpenteia…

 

Na piscina do hotel a queda de água

Trauteia indolente a voz da vida,

Sem sinas, tristeza ou sequer mágoa,

Apenas porque a vida lhe é querida…

Ao fundo um colorido bar molhado,

Servido por morena no sorrir garrida,

Refresca, por dentro e fora,

O mais acalorado convidado,

P’ra quem as cervejinhas, canapés

Ajudam a ficar mais relaxado,

Sobre a vigília plácida dos chalés….

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló - Harmonia

 

        V

 

“HARMONIA”

 

Aqui,

Neste hotel me sinto estranho,

Aqui,

Nada é pequeno nem tacanho,

Aqui,

Eu vivo paz, me sinto em casa,

Aqui,

Posso voar sem grão na asa….

 

Por entre árvores de fruto e palmeiras,

Por entre arbustos, por entre trepadeiras,

Passam correndo répteis velozes,

Lagartos, entre o verde e o castanho,

Fugindo sem tempo para poses,

Com medo de nós pelo tamanho

Ou pelo gargalhar das nossas vozes…

 

Por todo o lado

Vibra, quase com ardor, a empatia,

O sonho aqui está acordado

E a saudade é meta para um dia…

Tudo aqui é natureza na essência,

Aves, flores, gentes e magia,

Tudo aqui é puro, é existência,

Porque aqui se respira a harmonia…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

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