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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Beijo de Alvorada

013 - alvorada.jpg

14. Beijo de Alvorada em noite fria, quente e relaxante como o aninhar de uma cria no pelo da mãe loba junto ao calor do leite e à maciez das tetas, entregue durante o despertar, entre a preguiça e o conforto de um leito morno e remexido, no aconchego macio das proximidades cúmplices; tão lento, longo e quase lascivo como deveriam ser os despertares na companhia de quem se quer bem, uma espécie de assimmmmmmmmmm que se prolonga no tempo e que apetece que não mude mais, pois que é tão bom mas que termina com o sorrir prazenteiro do Sol numa janela marota e atrevida.

Poemas de um Haragano: Nos Caminhos da Flor – Rasto

 

     XV

 

"RASTO"

 

Olhar o céu

E ver nas estrelas

O florir da Primavera...

 

Sentir em cada uma

O perfume de uma flor!...

 

Tocar o infinito

Como quem toca uma quimera

Na essência vaporina

De um odor!...

 

Colher a mais perfeita,

Porém...

Da vista oculta,

Que não do meu sentir...

Que não do coração...

 

Sorrir só por sorrir!...

 

Em pétalas de amor

A desfolhar...

Entre meus dedos

Dar-lhe a forma

E um olhar...

 

Sentir a agitação do pólen

Me viciar o corpo,

Ir mais além...

Que ao infinito

Nunca foi ninguém!...

 

Regar,

Essa mais linda flor,

De vida,

De lágrimas de sémen

E saudade...

E ver nascer

Em folhas de prazer

Um novo amor,

Roubando assim à estrela

A liberdade!...

 

Ébrio de sonhos

Busco a flor oculta

Olhando o céu estrelado

E vasto...

 

Perdido de ilusão

Busco de novo...

Para encontrar apenas

O seu rasto...

 

Quem quiser ver

Florir a Primavera,

Nas estrelas

Do Universo imenso,

Tem que uma oculta flor

Ver brilhar

Sem que um qualquer outro

Possa vê-la!...

 

Pra poder ser minha

A oculta estrela

Tem de pensar o mesmo

Do que eu penso,

Tem de por mim sentir

Um amor tão vasto...

Que eu possa,

Por amor,

Seguir-lhe o rasto!...

 

Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos da Flor

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Ela

 

 

   IV

 

"ELA..."

 

Ela

Não podia estar ali...

 

Talvez...

Nos confins do pensamento,

Longe de tudo...

Não de todos!...

Um rosto jovem no sorrir...

 

Um rosto,

Com raios de Sol

Caindo nos ombros,

Em cabelos de um ouro

Que brilha no escuro...

 

O azul do mar

Repousando nas pálpebras,

De uns olhos castanhos

Que brilham também...

 

Um doce poente

Poisado nos lábios,

De uma boca que arde

E cheira a pecado...

 

Um luar de prata

Em seu meigo rosto,

De uma Lua Cheia

Que ilumina a serra...

 

Os traços de Vénus

Moldados num corpo,

Que Gaia quis tão fértil

Como sensual...

 

O entardecer

Descendo no ventre,

Qual crepúsculo

Anunciando a plenitude...

 

O sabor a sal

Colando-lhe as coxas,

Húmidas de ansiedade,

De ante prazer...

 

O toque da seda

Envolvendo os seios,

Tentando esconder

A derme perfeita...

 

O amor perdido

Em seu terno olhar,

Que busca sedento

Outro olhar igual...

 

E um ar de oásis

Cobrindo-lhe a pele,

Qual neblina ténue

Desejando Sol...

 

Ela...

Não podia estar ali...

 

Talvez...

Perto de alguém,

Imaginário ninguém,

A quem esperava,

Um dia,

Vir a encontrar!...

 

Ela

Não podia estar ali...!

 

Não!...

Não existe tal paisagem,

Pois as quimeras

Nunca são reais!

 

Mas...

Se por força

De acasos impensáveis,

A paisagem

Não for mera miragem...

 

Se o ocaso

Realmente for poente

Que chega ante meus olhos

Suspensos na exceção,

Então... então...

 

Então tudo eu dou

Pela paisagem!...

O que sou,

O que fui

E o que serei,

O que tenho

E o que possa vir a ter...

Tudo!...

 

Porque tudo é pouco

Se puder na paisagem

Meu ser eu colocar...

Num canto,

Ali...

Mas enquadrado...

 

Ela

Não podia estar ali...

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Terra de Vénus – É Apenas Amor

                IV

 

"É APENAS AMOR"

 

É apenas amor, mas se isso é tudo

Como posso viver tão longe agora?

Como sorrir à dor que me devora

Se o espelho cada vez é mais sisudo?

 

Como posso viver se esta demora

Me afasta de teu ventre de veludo?

É apenas amor o grito mudo

Que dentro do meu peito, em fogo, chora!...

 

É apenas amor, por ti, amor...

Meu olhar turvo, a voz meio abafada,

A mão dormente, o corpo sem calor,

 

O vazio da mente enevoada...

Tem apenas amor meu Universo

E já nem forças tenho pra outro verso!...

 

Haragano, O Etéreo in Terra de Vénus

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Terra de Vénus – A Condessa

 

            I

 

"A CONDESSA"

 

 

A Condessa sorriu...ligeiramente...

Um sorriso sem cópias ou igual...

O seu brilhante olhar tem do cristal

O mesmo ardor e garra permanente,

 

Aquele fulgor que nos desperta a mente,

Numa ânsia de sonhos e real...

A Condessa sorriu... tão natural,

Mas ao sorrir assim, candidamente,

 

Explodir fez, de vez, as emoções,

Mil melodias, odes, versos, hinos,

Lindas canções de amor e mais refrões,

 

Coros vindos do céu dobrando sinos...

Condessa que sorris... tão sorridente...

Sorri pra mim... assim... sorri somente...

 

Haragano, O Etéreo in Terra de Vénus

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Vermelha Mala

     

               IV

 

 

“VERMELHA MALA”

 

 

O brilho dos teus olhos deste a mim,

O rubro dessa boca me ofertaste,

No calor de teus seios me amparaste,

Em teus braços… de mata fui jardim…

 

Um bom abrigo foste tu, enfim…

Com tuas ternas mãos me massajaste,

Com as pontas dos dedos me coçaste,

No fundo do teu ser fui Mandarim…

 

Agora te dou algo onde guardei

O tão forte bater do meu sentir,

O meu amar, o meu por ti sorrir,

 

O meu ser, porque a ti amor me dei…

Guarda-a bem amor, porque ela embala

Meu coração, esta vermelha mala…

 

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XX - Navegar

 

"NAVEGAR"

 

 

Na frescura da derme acetinada

Se reflectem odores de sangue quente...

Reveste-lhe esse corpo a alma ardente,

Que no brilho do olhar se vê espelhada...

 

Génese de uma vida, de uma estrada,

Que apenas é trilhada por quem sente

O ser selvagem, por detrás da mente,

Que no sorrir parece tudo e nada...

 

É morno o toque, doce o paladar,

Fervente o cerne, corpo já sem mágoa,

Que parece nesta hora ir navegar

 

Em taças de luar, em rios de água,

Onde apenas navega uma certeza:

A chama que o amor mantém acesa!...

 

 

Haragano, O Etéreo in Livro de Um Amor

(Gil Saraiva)

Piada 0002 - Um Alentejano nos Estados Unidos

 

Com um Alentejano não se brinca

 

 

Um rapaz Alentejano vai trabalhar para um daqueles grandes Hipers na América e ao fim do primeiro dia o chefe pergunta-lhe:

- Quantas vendas já fizeste?

- Uma.

- Uma venda? Isso é muito mau!!! Os meus vendedores normalmente fazem entre 25 a 30 vendas por dia!!!

Ora diz lá de quanto foi a venda...

- 757.326,45 DOLLARS

- O quê?????? Mas afinal o que é que vendeste?????

- Ora, primeiro vendi ao freguês um anzol pequeno, depois um anzol médio, e a seguir um  anzol grande!...

Com tanto anzol vendi-lhe uma cana de pesca!... Perguntei onde é que ele ia pescar e ele disse para a costa.

Claro que lhe expliquei que para a costa era melhor ter um barco!!!

Então levei-o à secção de barcos de recreio e vendi aquele  'Silver Esprit' com os dois 'outboard' que o gajo até se passou!...

Conversa puxa conversa e  ele disse que o carro dele era um Fiat  Uno... e eu  disse-lhe que para puxar o barco ele precisava dum 4x4!!!

Então fomos direitinhos ao stand e vendi-lhe aquele Range Rover que lá estava.

- Muito bem! Deves ser mesmo bom para venderes isso tudo a um gajo que só queria um anzol pequeno!!!

- Qual anzol qual quê!!!

- Ele só cá vinha comprar uma caixa de TAMPAX para a mulher... e eu disse-lhe

'Já que tem o fim-de-semana lixado, mais vale ir à pesca...'

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