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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Sexto Sentido

 

 

             XIII

 

"SEXTO SENTIDO"

 

Se eu fosse um mouro,

Em seu castelo erguido

Na Serra que da Lua

Tem o nome e o sentir,

Gritando, lá do alto,

Sortilégios esotéricos

Ao povo Luso que a Serra invade,

Com sede de terra e de poder,

Para esse espaço a sangue,

Ferro e fogo conquistar...

 

Se eu fosse um nigromante,

Feiticeiro da Serra da Lua,

Qual mago que um tambor

Rufando enche de glória,

Senhor de Áfricas

Sem fim ou sem princípio,

Soberano dos vivos

E dos mortos evocados,

Dono da negra magia do Passado,

Podendo, com meus dons,

Fazer parar as leis da guerra,

Que os continentes

De todo enfeitiçaram...

 

Se eu fosse o vento

Que mais forte sopra,

No altivo castelo da mourama,

Na noite tempestiva de invernos

Perdidos entre lareiras

Que as memórias não consomem,

Por mais alto

Que arda a chama,

Por mais calor

Que a lenha produza...

Imperador de tufões,

De vendavais,

Rei do sopro

Que não se esgota nunca,

Por muito que me venha zumbir

Dentro da alma,

Sussurrando-me aos ouvidos

Desesperos de infinito,

Que parecem competir

Com a velha eternidade...

 

Se eu fosse a dança,

Que dança e não balança,

Em sete véus mágicos de moura,

Em movimentos de ondulante ritmo,

Marcado em cada passo,

Em que a forma acompanha o som,

Como se a perfeição

Estética da vida

Pudesse traduzir a festa

Da evidente humanidade

Ou a música da alegria da vitória,

Um grito mudo de gozo e de prazer,

Que ao Homem faz viver

E reviver no espaço e tempo,

Qual passo de baile

A celebrar eventos mil

Mais do que outros já havidos...

 

Se eu fosse a bela Primavera,

Terna de ambientes,

Florida nos caminhos,

Altiva no serrado,

Nesse Castelo dos Mouros

Amada a cada volta,

A cada curva,

Destemida e sem receio

De um dia perder a liberdade...

Enfim, uma estação solidária,

Realizada de viva esperança,

Cega de perfumes e odores

Em cada berro de vida

Que me cerca e me transborda...

 

Se eu fosse, por fim,

A Fortaleza Árabe,

Em Sintra altiva e imponente,

Ou simples mato,

Uma terra de medos,

Mistérios e surpresas,

Fonte de vida,

Abrigo de animais,

Floresta tropical,

Savana, bosque,

Ou ainda até,

E porque não,

Selva africana

Ou charneca em flor...

 

Se eu fosse tudo isto

E muito mais,

Diria,

Como direi agora,

A mesma coisa simples

E pequena:

"- Guarda só pra ti

Os meus segredos,

Meu amor,

E vive para que eu possa viver,

Pleno de ti,

Que sem ti nada é poder!...

 

Espera-me nesta vida

E na outra se a houver,

Com os teus braços abertos

Por carinhos,

Enfeitada de sedas e perfumes,

Cetins, veludos

E linhos de encantar

Ou nua apenas,

Qual odalisca que sem esforço

Conquista o temível sultão...

Mas mais que tudo

Ama o vagabundo dos limbos,

Ama Haragano, O Etéreo,

Este eu, cujo discurso

Se perde nas palavras,

Mas que este coração a ti doou,

Porque tu és

O meu sexto sentido!"

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Quem

 

     XII

 

"QUEM..."

 

Quem

Tem na esperança

O sussurrar cálido das marés?

 

Quem

Encontra no próprio reflexo a alegria

De vivo se sentir com confiança?

 

Quem

Procura sempre o impossível

Sem temer ou mesmo desistir...?

 

Quem

Sente o nascer do Sol

No crepúsculo insustentável da madrugada?

 

Quem

Reconhece ser seu o Vagabundo

Perdido nos Limbos pela busca?

 

Quem

Vê o Haragano na bruma

E lhe reconhece os traços do Éter?

 

Um só alguém!...

E esse quem

Não tem o que temer,

Por que tremer,

Pois brilha mais alto,

Mais forte e mais além...!

 

E luta, como luta mais ninguém,

Mesmo na mais temível escuridão,

Acabando por encontrar, por conquistar,

E por sorrir, enfim, ao ver no espelho

A imagem refletora de um futuro

Que em cada segundo se torna presente...!

Que em cada “impresente” renasce em saudade!...

 

Assim...

Todos saberão conhecer o tal de quem,

Que no sussurrar ameno das marés,

Completará um próximo devir,

Com a forma simples de um sorrir...

 

Mas será realmente que esse quem,

Com a “imatemática” clareza dos sentidos,

Sente, o amor, sem incerteza?

Mesmo sem temer ou desistir?

Talvez...

 

Quantos ou quantas acharão sinais

E por engano se julgarão escolhidos?

Só quem acreditar que jamais

A ilógica absurda, de um tão grande amor,

Poderia servir de engodo vil

Ganhará a glória terminal!

 

E esse alguém terá...

No sussurrar cálido das marés,

Na alegria de vivo se sentir,

Na procura impossível sem temer,

No crepúsculo insustentável da madrugada,

No brilho mais alto, mais forte, mais além,

Na busca perdida pelos Limbos,

E na mais temível escuridão,

A taça da vitória conquistada,

A certeza de saber que o quem

É ele ou ela e mais ninguém!

 

Para mim,

Apenas importa esse meu quem!

E espero meu amor, querida, meu bem,

Que a taça seja eu e ela tua,

Tal como o infinito é mais além,

Tal como da Terra satélite é a Lua...

 

E só assim,

Por fim,

Na forma de um sorriso, feito belo,

O meu quem se refletirá da cara nua,

Por provir simples, franco, singelo,

Desse amado rosto, dessa face tua!

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Haragano, o Etéreo

 

                 V

 

"Haragano, O Etéreo"

 

(A HISTÓRIA...)

 

Ao princípio

Senti-me como que um desaparecido...

 

Não em combate,

Como certos militares em terra estranha...

 

Não no triângulo das Bermudas,

Como reza a história de muitos navios...

 

Não em pleno ar,

Como se fosse um avião

Engolido pela própria atmosfera...

 

Não! Nada disso! Desaparecido de mim...

Sem identidade... Sem existência...

Sem referências... Sem sentido de viver...

 

Imagine-se a montanha!

Grande! Monstruosamente grande!

Gigante mesmo

Elevando-se na planície!

 

Isso fui eu,

O eu Narciso antes da primeira queda,

Antes do começo das erosões...

Seguidas, repetidamente insistentes,

Continuadas no tempo e na vida...

 

Isso fui eu,

Antes dos abalos, dos sismos,

Dos terramotos sem fim

Num mundo feito de sobrevivência

Mais que de essência!

 

E a montanha foi perdendo forma,

Volume, dimensão...

Até se confundir na planície amorfa

Da multidão sem rosto,

Sem esperança,

Sem dignidade

E sem amor próprio...

 

Aparentemente,

Eu tinha desaparecido,

Sem que um vestígio de sobrevivência

Servisse de pista

Para uma busca por mim mesmo...

 

Imagine-se um desastre

Num qualquer ponto isolado do globo,

Onde um hipotético sortudo

Salvo da morte pelo acaso,

Irremediavelmente ferido,

Acabasse por ficar

Virtualmente irreconhecível

Perante a exposição ao tempo

E às depredações dos animais

E da própria natureza...

 

Isso era eu!

Perdido de mim e dos meus...

Desaparecido do mapa

Dos humanos com voz própria!

 

Ao princípio

Foi assim que me senti.

 

Depois, dei conta que vagueava

Sem destino ou rota certa...

Algures entre nenhures,

Um ser disforme,

Parco de alma e existir...

 

Durante momentos que pareceram anos,

Durante anos que não tiveram momentos,

Apenas procurei, não sei o quê...

Não sei porquê...

E não sei como...

 

Quando finalmente dei por mim,

Não passava de um vagabundo,

Perdido de si em busca do ser...

.

Era como se os locais,

Por onde a minha sombra

Me garantia a existência,

Fossem nuvens sem forma,

Estradas sem referências,

Caminhos sem lei...

 

Apenas limbos...

Apenas Éter...

 

Às vezes sentia

Que estava numa grande teia,

Cheia de predadores,

Plena de vítimas,

Ávida de sentidos e sentimentos...

 

Uma teia universal que me envolvia

Como uma rede escura e semieléctrica...

 

Descobri, aos poucos,

Que tinha sido absorvido pela internet

E que me tornara

Num Vagabundo Dos Limbos,

Em Haragano, O Etéreo,

Numa Lenda Urbana

De quem nunca ninguém ouviu falar,

Num Senhor dos Tempos

Sem tempo para si mesmo...

 

Um Sir, à inglesa, polido na forma,

Vazio no intimo de si próprio,

Repleto de vontade e de reconstrução...

 

Um Vagabundo Dos Limbos,

Haragano, O Etéreo,

Em busca da identidade esquecida

Num passado sem memória...

 

Até que renasci,

Gritando aos cinco ventos

A minha alvorada...

Vento de ser,

Vento de existir,

Vento de viver,

Vento de sentir,

Vento de amar...

 

De novo era gente,

Uma criatura nova,

Não na idade que essa

Não deixa Cronos em cuidados,

Mas na vida.

 

Eu era...

Eu sou, esse Sir,

O Vagabundo Dos Limbos...

Haragano, O Etéreo...

Pela rede universal transmitindo

A história de uma alma

Que aos poucos fui reconstruindo,

Sem vaidade, sem orgulho,

Sem a certeza sequer de ser ouvido...

 

Porém... com a esperança

De que ao falar globalmente

Para este universo imenso,

Possa um dia agir localmente

Na alma de um ser que como eu

Se sinta desaparecido a dada altura...

 

Assino, como me conhecem:

Sir, Vagabundo Dos Limbos,

Haragano, O Etéreo...

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Achas de um Vagabundo – Alguém

 

        II

 

"ALGUÉM"

 

Vagabundo dos Limbos...

Haragano, o Etéreo...

Jangada de palavras

Que flutuam pela net

Sem um rumo certo...

 

Sou

Aquilo que sempre fui:

Um sonhador!...

 

Sinto todas as lágrimas

Que choro em gotas de bits

E cascatas de bytes

Sem destino...

 

Sou

Um Vagabundo dos Limbos...

Sou

Haragano, o Etéreo...

 

Que mais posso almejar

Do reino das palavras?

Quero a verdade!

E isso é muito?

 

Rindo de mim mesmo

Vou ficando...

Quem verdade fala

A um haragano?

 

Quem, na jangada,

Tem rumo, destino?

Ah!...

Tem de haver alguém...

 

Haragano, O Etéreo in Achas para um Vagabundo

(Gil Saraiva)

Poesia: Livro - Nos Caminhos Da Flor

"SEM..."
.
.
Para ser um mito
De alguém
Eu teria de existir
Antes de ser,
De ter vivido
Antes de existir,
De ser sonhado
Antes de conhecido ser...
.
Porém,
Por tudo isso...
Não passo de simples rumor
Nas gargantas
De quem nunca me imaginou...
.
Sou um Vagabundo Dos Limbos,
Sou Haragano, O Etéreo,
Condenado a não sentir
O cheiro da rosa...
.
Sem que uma pétala
Deslize entre meus dedos,
Qual torrente de um rio
Com margem certa...
.
Sem que um espinho
Me prove que o sangue
Ainda corre em minhas veias...
.
Sem que a beleza de uma flor
Me cegue de amor,
Qual rosa do rio
Que murmura segredos de infinito
Em meus ouvidos...
.
Sou um Vagabundo Dos Limbos,
Haragano, O Etéreo,
Prisioneiro do aroma suave
De uma simples flor,
Mas longe de ganhar raízes
Nas profundezas intimas
Desse botão aberto ainda
Sem destino...
.
Nos caminhos da flor,
Qual seiva
Que alimenta a planta,
Eu continuo
Sem rumo
Meu caminho para a extinção...
.
.
Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos da Flor

Poesia: Livro - Nos Caminhos Da Flor

"RASTO"
.
.
Olhar o céu
E ver nas estrelas
O florir da Primavera...
.
Sentir em cada uma
O perfume de uma flor!...
.
Tocar o infinito
Como quem toca uma quimera
Na essência vaporina
De um odor!...
.
Colher a mais perfeita,
Porém...
Da vista oculta,
Que não do meu sentir...
Que não do coração...
.
Sorrir só por sorrir!...
.
Em pétalas de amor
A desfolhar...
Entre meus dedos
Dar-lhe a forma
E um olhar...
.
Sentir a agitação do pólen
Me viciar o corpo,
Ir mais além...
Que ao infinito
Nunca foi ninguém!...
.
Regar,
Essa mais linda flor,
De vida,
De lágrimas de sémen
E saudade...
E ver nascer
Em folhas de prazer
Um novo amor,
Roubando assim à estrela
A liberdade!...
.
Ébrio de sonhos
Busco a flor oculta
Olhando o céu estrelado
E vasto...
.
Perdido de ilusão
Busco de novo...
Para encontrar apenas
O seu rasto...
.
Quem quiser ver
Florir a Primavera,
Nas estrelas
Do Universo imenso,
Tem que uma oculta flor
Ver brilhar
Sem que um qualquer outro
Possa vê-la!...
.
Pra poder ser minha
A oculta estrela
Tem de pensar o mesmo
Do que eu penso,
Tem de por mim sentir
Um amor tão vasto...
Que eu possa,
Por amor,
Seguir-lhe o rasto!...
.
.
Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos da Flor

Poesia: Livro - Nos Caminhos Da Flor

"POR MAIS..."
.
.
Por mais
Que o encanto
Pareça estar quebrado...
.
Por mais
Que o sonho
Tenha dado lugar ao Sol
Depois de um raiar irritante
E nublado da aurora...
.
Por mais
Que o cotidiano
Me tente chamar à razão,
Qual despertador enervante,
Repetitivo,
Monótono
E incansável...
.
Por mais
Que a flor
Se encontre oculta...
.
Por mais
Que tudo...
.
Nada vai parar
Quem sonha
Com o que sabe querer,
Por mais
Que o sonho
Demore a chegar...
por mais que o sonho
Demore
A sonhar...
.
.
Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos da Flor

Poesia: Livro - Nos Caminhos Da Flor

"ONDE ESTÁS?"
.
.
Onde estás?...
Tu iluminas meus sonhos
Noite após noite
Como se eterna fosse
A tua luz...
.
Onde estás?...
Tu que me fazes sentir gente
Por entre gente
Que jamais o foi...
.
Onde estás?
Tu que saiste
Do cotidiano das imagens
Pra te instalares
Pra sempre
Em minha mente....
.
Onde estás?
Tu que és a seiva
Que me corre nas veias,
O gosto que me vem à boca,
O odor que me invade
O cérebro escravizado...
A flor oculta
Que floresce em meus sentidos...
.
Onde estás?
Diz-me pra que eu possa
De novo ser alguém!!!
.
.
Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos da Flor

Poesia: Livro - Nos Caminhos Da Flor

"O VASO"
.
.
Aceita meu vaso,
Sê a minha flor,
Para que te possa regar
A cada dia
De sorrisos
E de mimos
No mais intimo
Da nossa alienação...
.
Aceita meu vaso,
De barro feio...
Bruto na forma,
Naife no desenho,
Para que nele
Possas ser
A minha flor...
.
Aceita meu vaso,
No decoro do silêncio
Da nossa cumplicidade...
Deixa que nele te implante
Meiga flor silvestre...
.
E que te regue...
E que te cuide...
E que se murchares,
Por falta de carinho,
Se quebre o vaso;
E seque eu,
Na essência desta alma
Que lhe deu o barro...
.
.
Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos da Flor

Poesia: Livro - Nos Caminhos Da Flor

"O FIO..."
.
.
Que o meu grito aos astros
Se oiça nos confins do firmamento...
.
E que o seu eco se espalhe
Pelo infinito mundo das mensagens...
.
Que eu seja entendido
Ao menos uma vez...
.
Minhas palavras
São lágrimas de limbos
Que para se entenderem
Têm de ser sentidas
Por quem, como eu,
Chora o deserto para que nele
Uma flor possa nascer...
.
Se eu choro lágrimas de vagabundo
É porque estou condenado
A procurar um fim prá solidão...
.
Porque a solidão
Tem saída neste labirinto...
Mas quantos encontram
O caminho certo?
.
Quantos conhecem
O homem solitário,
Este ser que existe nas memórias
De quem com ele,
Um dia,
Foi feliz...
.
Vem amor, vem,
Juntos descobriremos o fio
Que nos conduz
À luz dos sentimentos,
Ao fim da sentença eterna
De vaguearmos perdidos pelos limbos...
.
Vem amor, vem,
Que o fio da vida
Pode a qualquer hora desfiar...
.
.
Haragano, O Etéreo in Nos Caminhos da Flor

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