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Desabafos de um Vagabundo

Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU! Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite

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Registos da Memória - III - Braga Branca - Verde e Branco

Braga Branca 03.JPG

(Braga Branca – Verde e Branco - III - Foto de autor, direitos reservados)

Registos da Memória

III

Braga Branca – Verde e Branco

 

A sequência de catos, naquele canteiro de jardim urbano, cobertos de neve traz à memória a inevitabilidade gélida da instalação da neve em locais onde ela normalmente quase nunca se faz notar. Foi assim com Braga, nesse tempo remoto do final da primeira década deste novo século e milénio, corria o dia 9 de janeiro de 2009. O nevão anterior ocorrera 20 anos antes, ainda na década de 90 do século passado.

A imagem do verde dos catos carregados de branco, parece paralisar a vida de surpresa. O canteiro urbano, encostado à parede branca de um edifício, aparenta querer camuflar-se na paisagem, quiçá na tentativa de passar despercebido. Uma pegada, impressa na neve, no canto inferior direito da fotografia, confirma que foi em vão esse esforço de encobrimento daquela sequência de flora adormecida.

 

Gil Saraiva

 

 

 

Beijo Verde

405 - verde.jpg405. Beijo Verde como esperança. Aquele que divaga entre o infantil e o ingénuo, na expetativa de, finalmente, se alcançar. Amarelado na incerteza trémula e tímida de quem hesita por não saber qual o melhor momento para a entrega. Pálido no sorriso pelo adivinhar de uma oportunidade soberana que tardava, mas que afinal desponta no horizonte. Enrubescido na ação do instante que chega viva e forte, sem aviso prévio ou alvará e que se torna imperativa, imediata e obrigatória. Transparente na oportunidade que nos parece única, exclusiva, mas, mais do que tudo, sentida e verdadeira. Beijo verde, aquele que, por entre tons, consegue terminar na esperança deliciosa de um ato conseguido.

 

 

 

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Portaló

 

        XV

 

“PORTALÓ”

 

Erguido na floresta tropical,

Em plena mata atlântica nascido,

De chalé em chalé, foi construído

Charmoso hotel, bem perto do portal

 

Feito de história em arco magistral…

No Morro de S. Paulo ao Sol batido,

Encosta acima, p’lo verde escondido,

Parece poesia ao natural…

 

Tem nome de escritor cada chalé,

“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”,

No nosso é já Pessoa que renasce

 

Em mensagem de amor, de paz, de fé…

O Atlântico enlaça a alma em nó,

Floresce nosso amor no Portaló!

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Portaló – Epopeia

 

 

      IX

 

“EPOPEIA”

 

Neste hotel de nome Portaló,

Somos como a aranha em sua teia,

Somos o guardião de uma baleia

Num quarto baptizado Moby Dick…

Só importa a quem cá fique

Instalado na encosta,

Saber daquilo que gosta,

Porque aqui não há despique…

 

No Morro de S. Paulo,

Em Portaló,

Ilha de Tinharé,

Terra de verde e pó,

Banhada de fé,

De azul, de céu e de águas,

Onde o passado em tempos

Lavou mágoas,

Por entre aromas tropicais

E de café,

Olhando paisagens geniais

Escutando um violão,

Um oboé,

Tudo floresce em cada grão de areia

Para gravar em nós esta epopeia…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI – Rústica Entrada

 

                         I

 

“ RÚSTICA ENTRADA”

 

Quem chega

O porto atravessa

E o portal;

Se de barco chegou

É natural

Que no verde pasmem os olhos,

Sem pressa,

Porque a paisagem

É de ritual,

De verdes, aos molhos

Das árvores caindo

De todos os tons,

O chão colorindo,

Bichos, gente, sons…

 

A dois passos somente

O Portaló,

Ali, alegremente,

Como um sol-e-dó,

Parece,

Pela rústica entrada,

Convidar quem passa,

A prolongar a estada,

Com seu ar de graça…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI - Verde e Ouro

 

            III

 

“VERDE E OURO”

 

Quem não queria poder ver mais além?

Se olhar a Bahia na chegada, lá do ar,

Nos faz sorrir, tremer, e mais, sonhar,

Ao descer encontramos outro bem

Ao continuar ainda mais mirando,

Ao vermos, por fim também, focando

As torrentes cristalinas de água

Agora desabando

Em chuva tépida, lágrimas sem mágoa,

Que nos mostram as ilhas na paisagem,

Frente à Bahia, quase uma miragem,

Como gotas puras, meigas, generosas,

Quais gemas saindo preciosas

Do Atlântico que lhes presta vassalagem…

 

As mornas chuvas tropicais vão lavando

Nas ilhas o verde e o ouro naturais

E em instantes, minutos, vão limpando

Os tons de jade puro e de cristais,

Por caminhos tornados aquedutos,

Onde as águas escorrem cristalinas,

Onde chapinham rapazes e meninas…

A natureza parece estar sorrindo,

Banhada de alegria ao Sol fugindo

Qual corcel, que por ravina,

Ao vento correndo dá à crina…

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

Poemas de um Haragano: Livro XXI - Bahia

 

 

     II

“BAHIA”

 

Primeiro a Via Láctea,

Galáxia nossa no Universo imenso…

Uma vez localizada

Procurar a agulha no intenso

Palheiro celestial

E, quando encontrada,

Desvendar por fim o Sistema Solar,

Berço do nosso bem, do nosso mal,

Coisa nossa, casa, terra, lar…

 

Depois… depois o Sol, os Planetas… olha a Terra…

Oceanos, continentes… paz e guerra…

E, já focando os trópicos, bem mais perto,

Avistar o azul e o verde da Bahia,

Imagem inversa do deserto,

De mata atlântica, em total harmonia,

Brilhando plena à luz do Astro Rei,

Jóia maior que descrever nem sei…

Eis a Bahia finalmente…

Imagem sagrada que se guarda qual tesouro,

Que brilha mais do que ouro,

Num verde e azul por si só tão reluzente…

E quase gemo e grito:

Isso… Bonito!

 

Haragano, o Etéreo in Portaló

(Gil Saraiva)

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