Serve este local para tornar visível o pensamento do último dos vagabundos que conheço: EU!
Aqui ficarão registados pensamentos, crónicas, poemas, piadas, quadros, enfim, tudo o que a imaginação me permite
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420. Beijo de Vulcão, pela beleza incomparável de um vulcão em chamas. Emitindo lava rubra, buliçosa, espessa e escorregadia, num movimento lento que, aos poucos, vai ganhando terreno e formas. Um beijar de erupção divina de músicas cantadas por rouxinóis, na explosão primaveril da vida, que nos inflama a imaginação por entre os odores de orquídeas raras. Já o ambiente parece ornado com o toque sensual das sedas da longínqua China ou com o gosto ao néctar dos deuses romanos, de eras passadas, ainda no palato. Um beijo que lembra as orgias desnudas de preconceitos. Beijo vulcanizado pela avidez do momento, tomado por impulso e entregue com chama.
28. Beijo Apocalítico, irresistível, forte como a tempestade, molhado como mil tormentas, violento como um vulcão, intenso como um dilúvio, rasgado dos hipotálamos fervilhantes de quem assim se beija como se nesse beijo se acumulasse toda a atividade sexual de uma vida. Por fim, os corpos fervem a trinta e seis graus à sombra sem que a ciência o saiba explicar devidamente. É a festa desgovernada das hormonas que invadem os organismos feitos posse, querer, desejo e loucura impregnada de mil correntes soltas de uma só vez libertando os seres gerando o caos, atingindo o abismo e, finalmente, chegando ao céu.